
(Foto: Divulgação/Redes Sociais)
Humaitá (AM) – Após o Ministério Público Eleitoral (MPE) pedir a cassação da candidatura à reeleição do prefeito de Humaitá, Dedei Lobo (UB), por suposto abuso de poder político e econômico, o chefe do Executivo municipal afirmou, com exclusividade ao Portal AM1, nesta terça-feira (1°), que é inocente.
Dedei é acusado pelo órgão fiscalizador de coagir servidores comissionados da administração pública municipal a votarem nele e até de exonerar aqueles que criticassem sua gestão.
Ao Portal AM1, o prefeito declarou que recebeu a notícia com “grande estranheza”, pois, além de alegar inocência, jamais imaginou ser alvo de perseguições infundadas, que, segundo ele, são baseadas em fake news.
“É com grande estranheza que meu departamento jurídico recebeu o pedido de cassação da minha candidatura, que busca minha inelegibilidade. Jamais, em minha carreira política, imaginei ser alvo de perseguições baseadas em fake news, tanto por parte de opositores quanto do Ministério Público. Desta vez, o MP alegou que eu estaria assediando servidores públicos para obter apoio nesta reeleição. Contudo, essa afirmação é uma mentira sem precedentes”, argumentou.
O prefeito, que também disputa a reeleição no próximo domingo (6), disse à reportagem do AM1 que, na própria acusação do Ministério Público Eleitoral, há poucas menções diretas a ele, sendo que muito do que é dito se refere a outros servidores. Por isso, ele afirmou que convocará todos os servidores e funcionários públicos citados para depor e solicitará que o MPE prove as acusações.
“Reitero minha inocência: nunca participei de qualquer esquema para coagir pessoas a votarem em mim. Sou político há mais de 20 anos e todas as minhas campanhas foram conduzidas de forma ética e transparente, sem necessidade de assediar qualquer pessoa. Estou confiante de que a verdade prevalecerá e que a justiça será feita”, garante.
O caso
Segundo o MPE, Dedei Lobo teria usado seu poder de prefeito para coagir 73 servidores municipais comissionados a realizar atos de apoio político à sua administração, sob pena de exoneração. Esses servidores teriam sido obrigados a participar de um grupo no WhatsApp, criado exclusivamente para disseminar conteúdo favorável a ele e à sua gestão.
Conforme alegação do órgão, relatos dos servidores também apontam que o prefeito e seu chefe de gabinete, identificado como Jhonatan Maciel, teriam exigido que os servidores evitassem divulgar qualquer informação que pudesse prejudicar a imagem de Dedei, “caracterizando um claro abuso do poder político”.
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