Manaus, 5 de maio de 2024
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Manaus, 5 de maio de 2024

Cidades

Prefeitura tem estrutura precária para atender beneficiários de programas sociais em Manaus

A unidade do CRAS, do São José, registrou grande procura dos beneficiários do Bolsa Família que precisam atualizar seus dados no CadÚnico

Prefeitura tem estrutura precária para atender beneficiários de programas sociais em Manaus

Foto: Antônio Mendes / Portal AM1

MANAUS, AM – Com a chegada do novo benefício, o Auxílio Brasil, que será pago pelo governo federal a partir do dia 17 de novembro, diversas pessoas se dirigiram, ainda durante a madrugada desta quinta-feira (11), ao Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), do bairro São José, zona leste de Manaus, para atualizar os dados do CadÚnico, sistema responsável por definir os beneficiários do recurso.

O CadÚnico é a porta de entrada de famílias de baixa renda em programas sociais do país. E deve ser usado, também, para o Auxílio Brasil, que o governo prevê começar a pagar no próximo dia 17, segundo o calendário do agora extinto Bolsa Família.

No CRAS São José, na zona leste, a fila começou a se formar por volta das 5h. Porém, a demora no atendimento gerou transtornos às pessoas que aguardavam atendimento na unidade.

A principal reclamação dos beneficiários que estavam no local foi a falta de estrutura para receber a população. O local, segundo a Semasc, tem a funcionalidade de atender aos bairros São José 3 e 4.

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Segundo a beneficiária Josimara, responsáveis da unidade chegaram a informar que seriam distribuídas apenas 50 fichas para o atendimento nesta quinta, porém, a procura ultrapassou esse quantitativo.

“O atendimento aqui está péssimo. Falaram que só vão atender 50 pessoas, sendo que tem mais de 100 pessoas aqui. Eu cheguei aqui às 6h da manhã e agora que eles comunicam que não tem atendimento para todos! Isso é uma palhaçada! Fora que nós estávamos do lado de fora da unidade, só permitiram a entrada das pessoas com a chegada da equipe de reportagem!”, disse.

Aguardando atendimento desde as cinco horas da manhã, a beneficiária Aline contou que deveria ter prioridade no atendimento por estar gestante, mas a unidade não se preocupou em organizar a fila de acordo com as necessidades da população.

“Eu já peguei sol e chuva, minha gravidez é de risco e eles continuam dizendo que vão atender apenas 50 pessoas. Eles deixaram a gente do lado de fora, porque não iam deixar entrar ninguém. Agora, nós ficamos correndo risco de ser assaltada, roubar nossos documentos, tudo, porque não querem atender!”, declarou.

Segundo dados da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), Manaus tem cerca de 260 mil famílias inseridas no Cadastro Único.

A pasta também explicou que apenas as pessoas que se encaixem no perfil, renda mensal de meio salário mínimo por pessoa e renda mensal total de até três salários mínimos, que não tenham cadastro, ou as famílias que estão com o Bolsa Família bloqueado devem se dirigir a uma das 20 unidades dos CRAS.

Procurada pela a equipe de reportagem, a pasta não deu declarações sobre a demora no atendimento no CRAS do São José.

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