Manaus, 27 de abril de 2024
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Presidente ucraniano admite ter ‘medo’ da Ucrânia não existir mais

Durante a entrevista, o presidente ucraniano demonstrou o medo de sua nação deixar de existir após a invasão russa

Presidente ucraniano admite ter ‘medo’ da Ucrânia não existir mais

Foto reprodução

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, concedeu uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (3) na qual afirmou o temor que sente pelo país que está sendo invadido e dominado pela Rússia desde a quinta-feira (24/02) passada.

“Tenho medo de a Ucrânia não existir mais”, afirmou o líder ucraniano na coletiva. Ao passo que respondia os questionamentos, líderes russos e ucranianos estavam reunidos em Belarus numa negociação de um possível cessar-fogo.

“Nosso país é muito especial. Não quero vê-lo destruído. Quero ver ucranianos sobreviverem na História. Não quero que se tornem a lenda dos 300 de Esparta. Quero paz”, disse Volodymyr.

O presidente não exitou em ir para a linha de frente dos combates militares, inclusive, na entrevista, trajava vestimentas da 5.11 – linha de roupas voltadas para combates militares e civis.

“Vocês podem ver o que está acontecendo, ouvir os tiros, as consequências dos bombardeios, ver o nosso povo defendendo nosso território. Podem perguntar aos homens e mulheres se estão com fome e sede, e se vocês estiverem com fome e sede, vão dividir com vocês”, disse o presidente ucraniano emocionado.

Volodymyr fez fortes declarações sobre a ONU (Organização das Nações Unidas), sobre a União Europeia e também sobre a OTAN (Organizado do Tratado do Atlântico Norte) em relação à posição tardia das instituições sobre as ofensivas russas.

“Preciso agradecer aos países que estão no fornecendo armamentos, temos gratidão, mas já é tarde demais. Nós demos a janela de oportunidades para esses países e essa janela causou a perda de milhares de vidas ucranianas”, afirmou o presidente.

“O mundo precisa saber: não é uma questão sobre o que o Olaf Scholz ou o que o Joe Biden ou Macron podem fazer ou os outros líderes no mundo. A questão é que nós já dissemos muitas vezes que a Ucrânia precisa de garantias de segurança, e isso é algo que eu já venho dizendo desde o início (…) Se essas uniões [ONU, UE, Otan] não mostram a sua força – seja em termos de alianças econômicas, financeiras e culturais – não fica clara a união de valores”, declarou o presidente em tom de revolta.