Manaus, 2 de maio de 2024
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Economia

Produção industrial amazonense em fevereiro fica acima dos índices nacionais

De janeiro a fevereiro, a indústria do Amazonas obteve 10,0% de alta, também o maior crescimento entre os Estados.

Produção industrial amazonense em fevereiro fica acima dos índices nacionais

Equipamentos de transporte foram responsáveis por bom desempenho (Foto: CNI/José Paulo Lacerda)

Manaus (AM) – A produção industrial do Amazonas cresceu 1,6% de janeiro para fevereiro, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional), divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de geografia e Estatística (IBGE). Frente a fevereiro de 2022, a alta foi ainda maior, de 7,1%, o maior avanço entre os locais pesquisados.

No acumulado do ano (janeiro e fevereiro), a indústria do Amazonas obteve 10,0% de alta, também o maior crescimento entre os Estados; e na variação acumulada nos últimos 12 meses, também houve alta, de 4,8%.

A média móvel trimestral mostra que houve avanço de 2,9% na produção industrial local.

A maior alta na produção industrial do Amazonas foi na produção de coque (subproduto da redução do carvão mineral), de derivados do petróleo e de biocombustíveis; e a maior queda, na fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, tanto na comparação com fevereiro do ano passado, quanto no acumulado do ano.

Indústria nacional recua

A indústria nacional, por sua vez, recuou (-0,2%), em fevereiro, frente a janeiro, e cinco dos 15 locais investigados pelo IBGE também apresentaram queda na produção.

No acumulado do ano, a indústria caiu 1,1% e os resultados negativos foram disseminados por 11 dos 18 locais pesquisados nesse indicador. Já no acumulado em 12 meses, a variação negativa alcançou 9 de 15 locais.

Ranking dos índices de produção

A alta na produção da indústria amazonense, de 1,6%, em fevereiro, frente ao mês imediatamente anterior, foi a 7ª maior entre os locais pesquisados. As maiores altas foram as de Pernambuco (8,8%), Bahia (4,9%) e Minas Gerais (3,3%); e as maiores quedas, as do Rio Grande do Sul (-6,9%), Mato Grosso (-4,9%) e Goiás (-2,5%).

O avanço da indústria amazonense colocou o Estado em 1º lugar do ranking, com o maior crescimento no período. Depois, aparecem Minas Gerais (6,7%) e Rio de Janeiro (6,4%). As maiores quedas foram as do Rio Grande do Sul (13,3%), Mato Grosso (-13,0%) e Ceará (-11,4%).

Na variação acumulada do ano, a alta de 10,0% do Amazonas também foi a maior entre os locais pesquisados. A segunda maior foi a do Maranhão (9,2%) e a terceira maior, a de Minas Gerais (8,5%). Os três maiores recuos foram os do Mato Grosso (-13,8%), Rio Grande do Sul (-10,4%) e Bahia (-8,4%).

Em 12 meses, o crescimento de 4,8% da produção industrial do Amazonas foi o terceiro maior do ranking, atrás dos índices do Mato Grosso (10,7%) e Rio de Janeiro (4,9%). As maiores quedas foram as do Espírito Santo (-9,9%), Pará (-7,7%) e Santa Catarina (-4,1%).

Em fevereiro de 2023, frente ao mesmo mês do ano anterior, as indústrias de transformação do Amazonas apresentaram alta de 7,1% na produção, e as indústrias extrativas, alta de 6,7%. Na análise por atividades, em fevereiro, a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (gasolinas, naftas, óleos combustíveis, querosene de aviação), com variação de 29,4%, apresentou a maior alta, seguida pela fabricação de máquinas e equipamentos (aparelhos de ar-condicionado; aparelhos para projetar, espalhar, pulverizar – exceto para agricultura), 13,1%, e pela fabricação de produtos diversos (isqueiros e acendedores, artefatos de joalheria, de metais preciosos; canetas, lapiseiras; lentes para óculos; seringas, agulhas e instrumentos semelhantes), 12,5%.

Outras atividades

Outras atividades também apresentaram alta no período: a fabricação de outros equipamentos de transporte (motocicletas e suas peças e acessórios; bicicletas e outros ciclos sem motor; rebocadores e outros barcos para empurrar embarcações), 11,0%; a fabricação de produtos químicos (7,8%); a fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (6,9%) e a fabricação de bebidas (2,4%).

As quedas em fevereiro, frente ao mesmo mês do ano passado, foram observadas na fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (micro-ondas, baterias e acumuladores elétricos, conversores, secadores e outros aparelhos), -19,1%, que sofreu a terceira queda consecutiva; na fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-3,6%) e na fabricação de produtos.

No acumulado do ano (janeiro e fevereiro), a maior alta do Amazonas também foi na fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, com 23,1% de crescimento em relação ao ano passado; e a maior queda, na fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-14,2%).

(*) Com informações do IBGE

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