Foto: reprodução
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse nesta quinta-feira (7), que sua fala sobre “mapear” casas dos deputados para reivindicações não é “nenhuma anormalidade”. Ele deu a declaração em entrevista ao Jornal Jangadeiro, do Ceará.
A fala do petista vem depois da reação negativa de deputados, que publicaram vídeos nas redes sociais mostrando armas e convidando o petista para ir às suas casas. “Eu acho que é muito engraçado as pessoas tratarem uma sugestão que eu fazia quando eu era dirigente sindical como se fosse uma anormalidade”, disse o presidente.
Segundo ele, durante os 8 anos em que foi presidente da República, parava para conversar com pessoas que o esperavam no Palácio da Alvorada com reivindicações. “Eu parava para conversar. No meu apartamento, em São Bernardo do Campo, todo o final de semana que eu vinha, tinha gente na porta do prédio e eu parava para conversar para saber o que era”, declarou.
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De acordo com o político do PT, o que ele disse foi “uma coisa simples”, e que “não custa nada” conversar com a população.
“Eu ainda usei a palavra ir na porta da casa dele ‘conversar de forma civilizada’, debater o tema que vocês querem que seja discutido para que vocês possam ser ouvidos por deputados. Ao invés do deputado me agradecer, esse deputado que durante as eleições falam [sic] que adora o povo, anda de carro aberto, abanando a mão para o povo, esse pessoal que gosta até de chegar na campanha e tomar uma cachacinha no bar com o povo. Ora, por que, depois de eleito, o povo passa a ser estorvo?”, disse Lula.
“Não custa nada. O cidadão vai lá, bate palma, o deputado sai de forma civilizada, atende os eleitores, pergunta o que eles querem, eles dizem que não querem que aprove determinada lei e o deputado diz se vai votar ou não. Qual é o mal nisso?”, falou o ex-presidente. “Lamentavelmente, me parece que tem deputado que não quer conversar com o povo, só na época das eleições”.
(*) Com informações do Poder 360
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