Manaus, 2 de maio de 2024
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Manaus, 2 de maio de 2024

Cidades

Queimadas no Pará, Rondônia e Mato Grosso interferem na qualidade do ar no AM

Na últimas 48 horas, o Pará registrou 817 focos de queimadas, seguido do Mato Grosso, com 465, Rondônia, com 121 e Amazonas, com 70 focos. 

Queimadas no Pará, Rondônia e Mato Grosso interferem na qualidade do ar no AM

(Foto: Inpe/Reprodução)

Manaus (AM) – A fumaça que tem deixado a capital do Amazonas com o pior nível de poluição do ar nos últimos dias tem origem em queimadas nos estados do Pará, Rondônia e Mato Grosso, é o que mostram as imagens de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O Sul do Amazonas e a Região Metropolitana de Manaus também apresentam foco de calor, que indicam a possibilidade de queimadas.

Neste sábado (4), Manaus apresentou 11 áreas onde os níveis de poluição do ar é considerado péssimo. No início da manhã, Manaus registrou o maior pico de poluição do ar neste ano. Por volta das 6h30, o índice ultrapassava os 555 de concentração de Partículas Inaláveis Finas (MP2), segundo o mapa do “Selva”, sistema desenvolvido pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Conforme o Inpe, de 26 de outubro, até essa sexta-feira (03), 5.305 focos foram registrados no estado do Pará e, em menor intensidade, na Região Metropolitana de Manaus (RMM), que nesse período, registrou 149 focos.

Na últimas 48 horas, o Pará registrou 817 focos de incêndio, seguido do Mato Grosso, com 465, Rondônia, com 121 e Amazonas, com 70 focos.

(Fonte: Inpe)

Conforme imagens do satélite GOES-16, fornecidas pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), o fluxo de ventos tem trazido a fumaça para a Região Metropolitana de Manaus (veja GIF e link no final da matéria), que tem encontrado dificuldades em se dispersar devido à ausência de chuvas e calor intenso na região, potencializados pelo El Niño severo deste ano.

“Podemos verificar por imagens dos satélites que todos os municípios, que sofrem influência do Rio Amazonas, que serve como um corredor de fluxo de ventos, até chegar a Manaus, têm sido impactados pela fumaça mesmo sem ter focos de incêndios registrados”, disse o secretário de Meio Ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira.

De acordo com levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), a estação chuvosa no Amazonas, em 2023, está prevista para iniciar no mês de dezembro, podendo ainda ser afetada pela continuidade do El Niño, o que pode resultar em um período de chuvas abaixo da climatologia da região.

Prevenção e combate

Desde o mês de março de 2023, o Governo do Amazonas tem atuado nos municípios do sul do Amazonas e Região Metropolitana de Manaus, no combate aos focos de incêndio. Como resultado, os focos de calor caíram de 675 – registrados de 1º de outubro a 10 de outubro -, para 194 focos – registrados a partir do dia 11 de outubro até quinta (2).

Fonte: Inpe

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