Foto: Reprodução
MANAUS/AM- Com um primeiro semestre marcado pela baixa produtividade, faltas expressivas de deputados e excesso de homenagens, a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) pretende gastar quase meio milhão de reais com a compra de cafezinho, açúcar, leite, chá, refrigerantes, entre outros itens para atender a Casa Parlamentar.
A divulgação do registro de preço foi realizada no Diário Oficial do Legislativo no último dia 8 e foi assinada pelo presidente da Casa, deputado Roberto Cidade (PV).
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De acordo com a publicação, o montante de R$ 65,9 mil será para a aquisição de 10.320 unidades de 500 gramas do café da marca Manaus, ao valor de R$ 6,39, cada. Já o açúcar da marca Itamarati, custará R$ 3,47 (o quilo) e a Aleam vai adquirir 10.8 mil unidades, que somam R$ 37,4 mil.
Um dos itens mais caros registrados no documento é o leite da marca Itambé no valor de R$ 11,38 o quilo. Ao todo, 9,6 mil unidades serão compradas pela Casa, totalizando a cifra de R$ 109,4 mil. Só a compra de café, açúcar e leite vai custar quase a metade do valor total, cerca de R$ 212,6 mil aos contribuintes do Amazonas.
A lista também inclui seis tipos de chá da marca Leão que totalizam a quantia de R$ 7,7 mil. Segundo o documento, serão comprados 17 mil caixas com 10 saches em cada uma. O preço unitário do produto varia entre R$ 3,57 a R$ 3,95.
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O registro de preço garantiu, ainda, a compra de água mineral e refrigerantes para serem servidos na Casa Legislativa. Só para a aquisição de 180 mil unidades de água mineral – sem gás – da marca Santa Cláudia de 350 ml, serão gastos R$ 118,8 mil. Também foram adquiridas água sem gás (14,1 mil unidades) e água tônica (720 unidades ) da mesma marca.
Já o refrigerante da marca Coca-Cola custará R$ 3,43 cada e a Assembleia Legislativa vai adquirir 720 unidades de 350 mil. Outras 720 unidades de Coca-Cola zero também foram compradas ao preço individual de R$ 3,41. Esses itens custarão mais de R$ 4,9 mil. As bebidas da marca Fanta Laranja e Guaraná Antarctica também estão no menu da Aleam. Nesse caso, serão adquiridas 1,4 mil unidades, sendo 720 de cada, ao valor total de R$ 5,2 mil.
No despacho, há, ainda, a previsão de compra de outros itens na lista: água de 20 litros; achocolatados; café solúvel e leite instantâneo. Ao todo, o ‘rancho’ dos deputados estaduais vai custar a quantia de R$ 452 mil.
Mais baratos
Em uma pesquisa de preços de mercado realizada pelo Portal Amazonas 1 no site de busca de preços da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz-AM) foi identificado que, em alguns itens dessa lista, a Aleam poderia economizar.
Entre eles, estão o preço do açúcar Itamarati de 1 quilo, que foi encontrado por R$ 2,95 em apenas um estabelecimento, conforme ferramenta da Sefaz; valor está abaixo dos R$ 3,47.
No caso do leite em pó Itambé, o pacote de 400 gramas está sendo vendido entre R$ 7,75 a R$ 10,99. Para os deputados, ele custou R$ 11,38, cada um.
Outro item também encontrado com menor preço foi o refrigerante. Segundo o site, a Coca-Cola normal e a zero, de 350 ml, estão sendo vendidas entre R$ 2 a R$ 2,39. Já a Aleam pretende pagar R$ 3,43 e R$ 3,41, respectivamente.
No caso da Fanta Laranja de 350 ml – que foi comprada por R$ 3,13 pela Casa Legislativa – o AM1 encontrou sendo comercializada entre R$ 2,19 a R$ 2,75. Também foi possível achar Guaraná Antarctica de 350 ml, vendido de R$ 0,86 a R$ 2,50. Os valores do item estão bem abaixo do comprado pela Aleam, R$ 4,23 a unidade.
Beneficiada
A empresa beneficiada nesse registro de preço da Assembleia Legislativa do Amazonas é a Victor Chaves Coimbra Eirelli. A empresa de CNPJ nº 06.276.064/0001-04 tem como atividade principal o comércio atacadista de produtos alimentícios e possui mais 15 atividades secundárias.
Com o nome fantasia de ‘V C Comercio de Produtos Alimentícios’ ela tem um capital social registrado no valor de R$ 2,5 milhões e está em nome de Victor Chaves Coimbra. A empresa está localizada no bairro Distrito Industrial II, na zona leste de Manaus.
A reportagem buscou a assessoria de imprensa da Assembleia Legislativa do Amazonas, por meio do e-mail institucional [email protected] para questionar sobre a homologação do registro de preço, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
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