Manaus, 15 de junho de 2025
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Brasil

Rio Negro pode passar por pior seca da história ainda esta semana

O rio tem descido em média 19 centímetros por dia. Desta forma, a previsão é que em cerca de quatro dias Manaus alcançará a pior seca de todos os tempos.

Rio Negro pode passar por pior seca da história ainda esta semana

(Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Brasília (DF) — O Rio Negro registra a marca de 13,19 metros nesta segunda-feira (30), ultrapassando a seca de 2010 quando o rio que banha a capital amazonense chegou a 13,63 metros.

Comparado com o ano passado, quando o Rio Negro chegou à cota de 12,70 metros, o rio está a 49 centímetros para alcançar o recorde em 120 anos.

De acordo com o Serviço Geológico do Brasil a previsão é que em 2024 a seca do Negro supere a de 2023.

O rio tem descido em média 19 centímetros por dia. Dessa forma, a previsão é que em cerca de quatro dias Manaus alcançará a pior seca de todos os tempos.

O Rio Negro é o maior rio em extensão na Bacia Amazônica, sendo um dos maiores rios do mundo em volume de água.

A estiagem no Amazonas afeta mais de meio milhão de pessoas, com cerca de 140.300 famílias prejudicadas de alguma forma pela descida das águas. Todos os municípios do estado estão em situação de emergência. “O nível grave, acentuado pela pior seca da história em Manaus, é um indicativo do evento climático extremo enfrentado pela Amazônia. Ações capazes de amenizar as consequências dessa situação poderiam ter sido implementadas antes”, defende Rômulo Batista, porta-voz do Greenpeace Brasil. Na semana passada o Rio Madeira também havia atingido seu menor nível histórico, chegando a 121,5 centímetros na altura de Porto Velho (RO) e esta semana o rio Amazonas já atingiu a mínima recorde na estação de medição de Almeirim (PA), chegando a 210,8 cm, e está prestes bater a mínima também na altura de Óbidos (PA). Dezenas de municípios no Acre, Amazonas e Pará já declararam situação de Emergência. O Rio Negro alcançou nesta segunda-feira (16/10) a marca histórica de 13,59 metros, considerada a seca mais severa desde que foram iniciadas suas medições hidrográficas, em 1902, segundo dados divulgados pelo Porto de Manaus. O recorde anterior era de 2010, quando a cota chegou a 13,63 metros. E ontem (17/10) foi a vez do Rio Solimões em Manacapuru, na Região Metropolitana de Manaus, atingir a sua mínima histórica de 3,81 metros, segundo divulgado pelo Serviço Geológico Brasileiro (SGB).

(*) Com informações da assessoria