Manaus, 8 de maio de 2024
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Cidades

Rodoviários confirmam greve no transporte coletivo de Manaus

A última paralisação total dos rodoviários ocorreu no dia 2 de fevereiro deste ano

Rodoviários confirmam greve no transporte coletivo de Manaus

(Foto: Antônio Mendes/ arquivo – Portal AM1)

Manaus (AM) – A partir das 4h da próxima quarta-feira (17), os trabalhadores do transporte coletivo de Manaus vão paralisar as atividades e interromper a circulação de 50% dos ônibus nas ruas da capital. A medida foi anunciada pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Manaus (STTRM), Givancir de Oliveira, na manhã desta segunda-feira (15).

O dirigente afirmou que a greve é uma resposta à recusa do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), e do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Sinetram), Paulo Henrique Martins, em negociar o reajuste de 12% no salário da categoria.

“Estamos tentando há três meses negociações com o Sinetram e a Prefeitura para discutir a data-base. O sindicato fez tudo para chamar a atenção do sr. Paulo Henrique e obrigar os empresários a sentar para reunir”, explicou Oliveira. A paralisação foi aprovada em assembleia realizada na última sexta-feira (12).

Givancir de Oliveira, presidente do STTRM (Foto: Antônio Mendes/AM1)

O presidente acrescentou que a paralisação pode ser cancelado caso o representante do Executivo e o sindicato patronal concordem em sentar na mesa de negociações até a 0h desta terça-feira (16). Segundo Oliveira, o valor do dissídio proposto pela categoria também pode ser redefinido.

“Dez mil trabalhadores estão sem reposição salarial”, destacou.

De acordo com a assessoria do STTRM, foi somente após o anúncio da paralisação que o prefeito David Almeida sinalizou, na última sexta-feira (12), disposição em reunir com a categoria. O encontro, no entanto, ainda não tem data marcada.

A última paralisação total dos rodoviários ocorreu no dia 2 de fevereiro deste ano. Os trabalhadores exigiam o pagamento de salários atrasados.

Consenso

O Sinetram afirmou que, ao contrário do que alega o sindicato, houve “negociação permanente” com o STTRM a respeito do reajuste. No entanto, ambas as partes não definiram um consenso sobre o percentual. “(…) a negociação ainda está em processo e esta medida não traz nenhum benefício para as partes e ainda coloca o passageiro, que depende do transporte coletivo, como maior prejudicado neste processo”, diz trecho da nota enviada à reportagem.

O órgão disse que “estranhou” a decisão do STTRM e vai tomar medidas legais para evitar a grave.

O Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) informou que o presidente do órgão deve convocar uma reunião, junto ao Sinetram, antes do prazo definido pela representação dos rodoviários. Em seguida, o IMMU pretende reunir com o prefeito David Almeida “para determinar quais medidas serão tomadas para que os usuários do transporte coletivo não sejam prejudicados”.

Confira a reportagem vídeo:

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