
Governador de Goiás, Ronaldo Caiado no Plenário do Senado - Foto: (Geraldo Magela/Agência Senado)
Brasília (DF) – Sem prestígio de nomes fortes do Legislativo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), antecipou o anúncio de sua candidatura à presidência em 2026.
Após a divulgação do lançamento nas redes sociais, o político goiano não recebeu o apoio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), e do 2° vice-presidente da Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento (BA), ambos da mesma sigla. Nos bastidores, existe a alegação de que os parlamentares negaram o convite.
O governador esteve presente na eleição do Senado, em fevereiro deste ano, e até abraçou Alcolumbre durante a sessão que tornou o amapaense vitorioso, com 73 votos favoráveis.
O evento de pré-lançamento da candidatura de Ronaldo Caiado está marcado para o dia 04 de abril em Salvador (BA), no Centro de Convenções às 9h.
Segundo o cientista político Guilherme Soares, o posicionamento de Caiado demonstra uma tentativa de se colocar como “o nome da direita”.
“Tendo a ler essa movimentação do Caiado como uma tentativa de já buscar se solidificar como um nome para a direita, tendo em vista que alguns candidatos e possíveis candidatos desse espectro político têm tido problemas ultimamente, como o ex-presidente Bolsonaro e Pablo Marçal”, disse o especialista.
Mais um inelegível
Caiado queimou a largada ao colocar o nome antes do tempo. Mas, com a campanha antecipada, o governador precisa alinhar o discurso para não ter mais problemas com a Justiça.
Em dezembro de 2024, Caiado foi condenado pela Justiça Eleitoral de Goiás, em primeira instância, por abuso de poder político durante as eleições municipais.
A acusação principal está ligada à promoção de jantares no Palácio das Esmeraldas, sede do governo, para promover o então candidato Sandro Mabel, tornando o governador inelegível por oito anos. A decisão cabe recurso.
Assim como governador, o candidato à Prefeitura de São Paulo (SP), Pablo Marçal (PRTB), foi condenado por abuso de poder político e econômico ao sugerir apoio a candidatos a Câmara Municipal de SP em troca de doações para sua campanha.
Soares destacou que, mesmo sem um cargo político, Marçal poderia ser condenado, pois a condenação não está relacionada ao cargo.
“Ainda pode ocorrer recurso por parte da defesa de Marçal, contudo, acredito que seja muito difícil dessa decisão ser revertida, tendo em conta que foi uma situação bem explícita de abuso econômico”, disse o cientista político.
Conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a condenação por abuso de poder político pode deixar a pessoa inelegível por oito anos; porém, enquanto houver possibilidade de recurso, não é definitiva, permitindo então que os candidatos exerçam seus mandatos e concorram a novas eleições.
- Articulações para as eleições de 2026 começam a ganhar força no Amazonas
- Michelle, Tarcísio, Ratinho, Zema ou Caiado: quem tem mais chance contra Lula
- Governador Caiado vai enviar oxigênio ao AM, afirma Marcelo Ramos
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.