Manaus, 2 de maio de 2024
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Manaus, 2 de maio de 2024

Cidades

Sem notificação oficial de suspensão, Sinteam mantém greve

Greve está mantida mesmo após o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) ter determinado a suspensão da ação, podendo pagar multa de R$ 20 mil até R$ 400 mil

Sem notificação oficial de suspensão, Sinteam mantém greve

O sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) confirmou o indicativo de greve, mesmo com o pedido do Governo de suspensão, que estava programado para hoje (15) às 9h. A paralisação acontece na Praça da Polícia, na avenida 7 de setembro e se direcionará em caminhada coletiva até a Praça da Matriz no centro da cidade.

O desembargador Elci Simões de Oliveira, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), acatou na noite desse domingo, 14, o pedido do Governo e determinou que o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas suspenda o indicativo de greve.

Professores protestam em frente a sede do Governo (Carlos Bolívar)

De acordo com a decisão, o governo do Estado está autorizado a efetuar desconto da remuneração dos servidores que tenham deixado de trabalhar em função da adesão ao movimento grevista. Além disso, Caso haja o descumprimento da decisão, o sindicato poderá pagar multa no valor de R$ 20 mil por dia, podendo chegar até R$ 400 mil, caso não seja cumprida a decisão.

No entanto, segundo a presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues, a categoria não foi informada e diante disso, seguem com a programação prevista para o indicativo de greve na manhã desta segunda-feira. “O sindicato não recebeu notificação oficialmente. Na verdade nós ficamos sabendo da liminar através da imprensa” disse.

Entenda

Os professores da rede estadual de ensino estão desde o dia 1 de março esperando o reajuste salarial referente à data-base de 2019, que venceu justamente nesta data, há mais de um mês. De acordo com o sindicato, o titular da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Luiz Castro, insiste na proposta de reajuste de 3,93% alegando que, por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal, não pode oferecer porcentagem maior.

No entanto, os professores pedem um reajuste de 15% baseado no estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e no percentual de perda do poder de compra do período entre 2015 e 2018.