Manaus, 24 de abril de 2024
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Manaus, 24 de abril de 2024

Política

Sem acreditar em Arthur e Doria, FHC diz que pode apoiar Lula: ‘sabe se colocar’

FHC e Lula foram adversários nas eleições de 1994 e 1998, quando o tucano se sagrou vencedor; apesar dos partidos, os dois estão no mesmo lado

Sem acreditar em Arthur e Doria, FHC diz que pode apoiar Lula: ‘sabe se colocar’

Lula e FHC já tiveram almoço juntos em 2021. Foto: Reprodução

BRASÍLIA, DF – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse que há possibilidades de que ele apoie Lula nas eleições de 2022, contra o atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido). FHC afirmou a possibilidade em entrevista à CNN Brasil, nesta segunda-feira (21).

Segundo o ex-presidente, é preciso ter uma terceira via que seja uma alternativa a Lula e a Bolsonaro. No entanto, ele disse que se essa terceira via não for forte, ele pode apoiar o petista, que viria para tentar o terceiro mandato como presidente.

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“Respeito a força do presidente Lula, que se situa e sabe se colocar. Eu prefiro alguém do PSDB, mais jovem, que tenha a mesma força e saiba fazer a mesma coisa. Mas em política, não podemos escolher adversários”, aponta.

FHC ainda disse que existe a possibilidade de que o PSDB não tenha uma candidatura própria, e sim, apoie outra candidatura. O partido, atualmente, tem quatro pré-candidatos definidos: os governadores de São Paulo e Rio Grande do Sul, João Doria e Eduardo Leite, o senador Tasso Jereissati (CE) e o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto.

“Se houver alguém do PSDB com a capacidade de agrupar, nós vamos lançar essa pessoa como pré-candidata. Mas se não tiver, vamos ter que nos unir com alguma coligação”, salienta.

Impeachment

O ex-presidente diz ser contra o instrumento, principalmente contra Bolsonaro. A hipótese está sendo aventada continuamente, devido à condução de Bolsonaro na pandemia. FHC não descartou a possibilidade de acontecer, mas defendeu o impeachment como último recurso para tirar o atual presidente do poder.

“Não sou torcedor do impeachment. Acho que pode acontecer, mas depende do comportamento do presidente. Se ele se comportar de forma contrária às leis, aí já não tem mais como fazer nada”, completou.