Manaus, 25 de abril de 2024
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Cenário

Senadores do Amazonas querem ter voz ativa na CPI da Covid

Omar Aziz já é um dos membros da CPI, já o senador Eduardo Braga é um dos cotados pelo bloco composto pelo MDB

Senadores do Amazonas querem ter voz ativa na CPI da Covid

Fotos: Reprodução

Manaus, AM – Assim que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 foi instala no Congresso Federal, nessa terça-feira (13), os senadores do Amazonas repercutiram o assunto nas redes sociais, todos afirmando que estão prontos para colaborar.

Já definido como um dos membros da CPI da Covid-19, o senador Omar Aziz (PSD) afirmou, também em vídeo publicado nas redes sociais, que a medida não tem o objetivo de “crucificar” ninguém, mas sim identificar o que foi feito com os recursos enviados aos municípios e estados, além de entender os motivos de a pandemia ter chegado a uma segunda onda.

“A CPI da Covid que eu vou participar e que eu assinei, ela não é caça às bruxas, ela não veio para crucificar ninguém. Ela é para saber por que  o Brasil não entrou no consórcio (vacina), os recursos que foram repassados para os estados e municípios, o que foi feito dele? Quais foram os erros que foram cometidos na primeira e na segunda onda que está tendo no Brasil? E se prevenir para uma terceira ou quarta onda”, afirmou.

“A CPI tem esse papel, papel fundamental de saber por que o Brasil não participou de consórcio, os recursos que o Brasil investiu em fabricação de remédios que não são protocolos, que não serve para ninguém, é para isso que a CPI está sendo instalada. E ali eu espero contribuir para que a gente possa fazer um trabalho para que futuramente o povo brasileiro e, principalmente, o povo do meu estado não sofra o que está sofrendo hoje em dia”, finalizou.

Cotado para ocupar um posto na comissão, o senador Eduardo Braga (MDB) destacou a importância da investigação para dar uma prestação de contas à população brasileira em relação aos diversos recursos que foram enviados aos estados e municípios, incluindo o Amazonas, para o combate a covid-19.

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“Primeiro para dizer da importância de nós darmos uma resposta para o povo brasileiro que quer entender como, com tantos recursos disponibilizados tanto para o Ministério da Saúde quanto para os estados, nós não conseguimos nos planejar para enfrentar a pandemia da forma correta”, disse o senador em vídeo publicado nas redes sociais.

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Ele afirmou, ainda, que a CPI não deve ter interferências politicas e partidárias, uma vez que as eleições de 2022 se aproximam cada vez mais.

“O que nós queremos discutir numa CPI de verdade não é a questão política, por favor, não vamos fazer isso. Não vamos levar para esta CPI questões políticas, questões partidárias ou até mesmo questão de disputa eleitoral que se antecipa para uma CPI. Não foi por isso que eu assinei a CPI, eu assinei porque eu gostaria de poder prestar contas ao cidadão amazonense, ao cidadão brasileiro de todas essas questões que levantei ainda há pouco”, disse.

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Se por um lado os senadores Eduardo Braga e Omar Aziz se mostram 100% favoráveis, o senador Plínio Valério (PSDB) assinou a instalação da CPI, mas com algumas críticas. Isso porque a criação da comissão foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) não pelo Senado.

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De acordo com Plínio, o STF não possui prerrogativa para a decisão. Além de haver outros pedidos de CPIs para serem deliberados pelo Senado, antes da CPI da Covid-19, entre elas, uma de sua autoria, sobre irregularidades em ONGs na Amazônia.

“Apoiei e assinei a CPI da Covid desde o início. Mas vou continuar manifestando meu inconformismo com a judicialização de funções legislativas pelo STF. Afinal, o consenso para ampliação da investigação de aplicação das verbas federais por governadores e prefeitos corrigiu a distorção”, disse em suas redes sociais.