Manaus, 27 de abril de 2024
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Brasil

Sérgio Cabral deve ser solto após votação da maioria do STF

Decisão foi tomada pela maioria dos ministros e atende pedido da defesa do político; Cabral deve deixar a prisão em breve

Sérgio Cabral deve ser solto após votação da maioria do STF

Cabral está preso há seis anos no Rio de Janeiro, em Niterói. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

BRASÍLIA – A segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) revogou, na noite dessa sexta-feira (16), a prisão preventiva do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, preso em 2016 com base na Operação Lava Jato.

O julgamento estava empatado por 2 a 2, mas foi decidido pelo ministro Gilmar Mendes a favor de um pedido de soltura do ex-governador.

Leia mais: Segunda turma do STF finalizará julgamento de Sérgio Cabral nos próximos dias

Os ministros Ricardo Lewandowski e André Mendonça já tinham votado a favor do pedido da defesa de Cabral. Edson Fachin, relator da ação, foi contra a soltura, e Nunes Marques acompanhou o entendimento de Fachin.

Em seu voto, Gilmar Mendes afirmou que a manutenção da prisão preventiva de Cabral tem servido como “antecipação de pena”, o que, segundo o ministro, “contraria frontalmente a orientação jurisprudencial” do STF.

Os advogados sustentam que a prisão preventiva, decretada pelo ex-juiz Sergio Moro, se estendeu para um prazo além do razoável. Preso há seis anos, Cabral está detido no Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar do Rio de Janeiro, em Niterói, na região metropolitana da capital fluminense.

De acordo com o magistrado, a decisão pelo fim da prisão “não se trata de absolver” o ex-governador do Rio. Entretanto, argumentou que “em um Estado Democrático de Direito, nenhum cidadão brasileiro, por mais graves que sejam as acusações que pesam em seu desfavor, pode permanecer indefinidamente submetido a medidas processuais penais extremas, como a prisão cautelar”.

(*) Com informações de R7