O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Estado do Amazonas (Sinepe-AM) vem demonstrando interesse em retomar as atividades presenciais, voltadas ao atendimento de alunos da educação infantil, que compreende o público de um a cinco anos, a partir da próxima segunda-feira (1º de março).
‘Defendemos o retorno presencial respaldados pela experiência do ano passado, em que as escolas associadas tiveram um resultado excelente nos protocolos de segurança’, disse Laura Cristina Vital.
A volta às aulas para as crianças também foi apontada como uma das alternativas para amenizar a crise no setor, que prevê demissão em massa, de aproximadamente 45 mil profissionais da educação. Entre os motivos que podem causar estas demissões, de acordo com o Sinepe, estão: 40% de vagas ociosas; 20% de contratos cancelados; seis escolas fechadas até fevereiro deste ano, além de oito escolas que já iniciaram o aviso prévio para todos os funcionários.
A intenção foi discutida em reunião com representantes sindicais, gestores de escolas particulares e a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Amazonas, presidida pela deputada estadual professora Therezinha Ruiz (PSDB).
De acordo com o sindicato, um plano foi apresentado ao governo estadual para a liberação das aulas. No documento, são abordadas as medidas que vão assegurar um retorno no formato híbrido (oferta de aulas presenciais e remotas em dias alternados) seguro aos alunos, professores e colaboradores das instituições de ensino.
Outra recomendação feita é que os pais sejam consultados e opinem no retorno das atividades. De acordo com o Sinepe-AM, as orientações aos responsáveis são de que os alunos que fazem parte do grupo de risco ou que não se sentirem seguros em regressar, continuem em ensino remoto.
Leia mais: Sinepe alerta para risco de demissão de até 45 mil funcionários da rede particular de ensino do AM
Outras medidas que serão adotadas pelas escolas do setor privado, caso a indicação de retorno seja aprovada, são: a lotação das salas de aula limitada a 50% da capacidade; o distanciamento mínimo de 1,5 metro entre as carteiras ocupadas; evitar aglomeração, contato físico e compartilhamento de materiais entre alunos; disponibilização do álcool 70%; uso de máscaras individuais; limpeza e desinfecção de sapatos, de materiais escolares e da escola.
“A realização de triagem para acesso às escolas é também uma das bandeiras levantadas pelo sindicato. A ideia é detectar, logo na entrada, alunos e funcionários que apresentarem sintomas de Covid-19. Caso isso ocorra, devem ficar em um ambiente isolado até a chegada dos pais ou responsáveis e só poderão voltar às atividades após a liberação médica. Além disso, as escolas deverão notificar, imediatamente, aos órgãos de saúde, caso alguém apresente sintomas da doença, para que possa receber o atendimento necessário”, finaliza Laura.
Nova reunião
Em nova reunião realizada nessa quinta-feira (25), que contou com a presença do governador o governador Wilson Lima, ficou acertado que o retorno gradual se dará em função da situação epidemiológica na capital.
Caso os números de contágio e internações pela Covid-19 continuem estabilizados, as aulas presenciais em creches e estabelecimentos de ensino infantil (de 0 a 5 anos de idade), poderão retornar no dia 8 de março.
Já para os alunos do ensino fundamental, a data prevista é para o dia 15 de março, com aulas presenciais e remotas. Para o ensino médio a data ficará para 22 de março, também no formato de ensino híbrido.
As novas medidas sobre a liberação das atividades escolares na rede privada deverá ser anunciadas pelo Governo neste fim de semana, uma vez que o atual decreto é valido até o dia 27 (domingo).
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