Manaus (AM) – Após receber uma enxurrada de críticas dos próprios seguidores, por ter se posicionado contra o fim da escala 6×1 para trabalhadores celetistas, o deputado federal Amom Mandel (Cidadania) usou novamente as redes sociais nesta terça-feira (12), para afirmar que pode mudar de ideia depois que sua equipe analisar os prós e contras do assunto.
Amom tentou se justificar em uma sequência de publicações no feed do Instagram, na qual ele afirma:
“Solicitei um estudo de impacto econômico à minha equipe técnica para uma análise detalhada do texto do requerimento de PEC da escala 6×1. Os dois primeiros pareceres, apesar de apontarem pontos críticos, recomendam a assinatura do requerimento. Tomarei a decisão mais acertada quando os outros pareceres chegarem ao longo do dia de hoje”, explica.
O deputado diz ainda que “todos os seus posicionamentos são fundamentados em estudos técnicos”. Mas a justificativa não agradou aos seguidores, que refutaram o argumento dele.
“Há coisas que não precisam de estudos, precisa sentir de perto a necessidade de quem passa a lida. São nesses momentos que a gente nota que nem todo mundo que tem estudo é de fato inteligente. Espero muito que reveja seu posicionamento”, comentou um dos internautas.
Alguns internautas também alegaram que Mandel “arregou” após ser bombardeado por críticas em todas as suas redes sociais.
Amom disse, também, que entende diferentes realidades e argumentações, e por essa razão tornou sua opinião pública, mesmo sendo uma prévia, com o intuito, segundo ele, de ouvir e debater os prós e contras.
“Não me coloquei inflexível diante do diálogo – pelo contrário, na publicação inicial, disse que estava aberto a argumentos e poderia mudar de opinião”, destacou o parlamentar.
A PEC
A PEC que propõe o fim da escala 6×1 precisa de 171 assinaturas de deputados federais para ser discutida na Câmara. Até o momento, o requerimento da deputada Erika Hilton (PT-SP) já conta com 134 assinaturas, faltando apenas 37 para que a proposta avance no Congresso.
O requisito propõe uma redução da jornada semanal de 44 para 36 horas, estabelecendo esse como o limite máximo de horas trabalhadas. Hilton argumenta que a jornada atual é “escravocrata”, pois impede que o trabalhador celetista “viva, estude, se aperfeiçoe e se qualifique profissionalmente para mudar de carreira”, deixando pouco tempo para pensar em outras oportunidades.
Dos deputados do Amazonas, somente Saullo Vianna (UB) assinou o requerimento. Os demais foram duramente criticados pelos amazonenses na internet pelo posicionamento contrário.
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