Manaus, 4 de maio de 2024
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Soldados fazem motim em Burkina Faso; governo nega golpe

O governo de Burkina Faso confirmou tiros em alguns quartéis militares, mas negou que o Exército havia tomado o poder

Soldados fazem motim em Burkina Faso; governo nega golpe

Foto: Reprodução / Europa News

UAGADUGU – A população de Burkina Faso acordaram assustadas neste domingo (23), com tiros disparados em diversos quartéis militares, onde soldados em motim exigem mais apoio do governo para lutar contra militantes islâmicos e a renúncia de chefes do Exército e da Inteligência.

Embora o clima esteja tenso no país, o governo pediu calma e negou especulações nas redes sociais de que o Exército havia assumido o poder ou detido o presidente Roch Kabore.

Inicialmente, o tiroteio foi ouvido no quartel Sangoule Lamizana da capital Uagadugu, que abriga uma prisão com detentos que incluem soldados envolvidos em uma tentativa fracassada de golpe em 2015, às 5h (horário local).

Centenas de pessoas foram às ruas para apoiar os amotinados. Fora do quartel de Lamizana, cerca de 100 pessoas cantaram o hino nacional e gritaram “Liberte o país!”.

No centro de Uagadugu, perto da Praça da Nação, a polícia atirou gás lacrimogêneo para dispersar cerca de 300 manifestantes.

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Há relatos ainda, que soldados atiraram no ar em uma base aérea perto do Aeroporto Internacional de Uagadugu. A embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) também relatou tiros em três outras bases militares de Uagadugu e em bases em Kaya e Ouahigouya, cidades ao norte.

A frustração tem crescido em Burkina Faso por causa da maneira como o governo lida com uma insurgência de militantes ligados a Al Qaeda e ao Estado Islâmico. A morte de 49 policiais militares em um ataque de militantes em novembro gerou violentos protestos nas ruas pedindo que Kabore renunciasse.

Falando a repórteres na frente do quartel de Lamizana, um dos amotinados emitiu uma série de exigências, incluindo as renúncias do chefe de gabinete do Exército e do diretor do serviço de inteligência.

O governo de Burkina Faso confirmou tiros em alguns quartéis militares, mas negou relatos nas redes sociais de que o Exército havia tomado o poder.

(*) Com informações Reuters

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