O suspeito de envolvimento na morte do cantor Melvino de Jesus, do grupo Júnior e Banda, e do policial militar Paulo Sérgio da Silva Portilho foi preso pela Polícia Militar. Nesta terça-feira (2), o delegado Juan Valério, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), deu detalhes da prisão de Fábio Barbosa de Souza, 28, conhecido como ‘Índio’, no último sábado.
Fábio Barbosa de Souza, conhecido como índio (Foto: Erlon Rodrigues/Divulgação/PC)
A morte do cantor Melvino ocorreu no dia 29 de abril do ano passado, no município de Codajás. Já a morte do soldado Portilho aconteceu no dia 26 de maio, em uma invasão na zona norte de Manaus.
‘Índio’ foi preso por policiais militares da 13ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), em via pública, no bairro Cidade de Deus, na zona norte da cidade.
Na ocasião da prisão, ‘Índio’ e um comparsa, que conseguiu fugir, pretendiam roubar um taxista.
“A prisão de Fábio foi realizada durante patrulhamento de rotina. Um deles estava armado e conseguiu empreender fuga. Os policiais militares notaram que se tratava de um foragido e o apresentaram para o delegado plantonista do 15° Distrito Integrado de Polícia (DIP), que entrou em contato com a DEHS e informou a prisão do infrator”, disse Valério.
O mandado de prisão em nome de Fábio pela morte do soldado Portilho foi expedido no dia 1º de junho deste ano, pelo juiz Julião Lemos Sobral Júnior, no Plantão Criminal.
Já o mandado de prisão pelo homicídio do cantor Melvino Júnior foi expedido no dia 10 de junho deste ano, pelo juiz Luiz Pires de Carvalho Neto, da Vara Única da Comarca de Codajás.
Cantor
Durante a coletiva, o delegado Juan Valério informou que, além de ‘Índio’, outros seis suspeitos participaram do homicídio do cantor Melvino Júnior.
O bando tinha como alvo um traficante conhecido como ‘Vitão’ e o confundiram com o cantor. “No caso do homicídio do cantor Melvino Júnior, um homem, identificado como Josiney Oliveira Lavareda, o ‘Dentinho’, continua foragido”, pontuou.
Delegado da DEHS, Juan Valério (Foto: Erlon Rodrigues/Divulgação/PC)
Caso Portilho
O corpo do policial militar foi encontrado na tarde do dia 30 de maio de 2017, por volta das 14h, na Rua 222-A da invasão Vila Buriti, Comunidade João Paulo, bairro Nova Cidade, zona norte de Manaus.
O delegado explicou que, ao todo, 16 pessoas estão envolvidas na morte do soldado. Dentre elas, 12 já foram presas e indiciadas pelo homicídio de Paulo Sérgio da Silva Portilho; três adolescentes foram apreendidos por participarem do delito; um jovem, identificado como José Isac Santos da Silva, o ‘Trem-Bala’, foi encontrado morto no dia 3 de junho de 2017, em um ramal na rodovia estadual AM-010.
‘Índio’ era o único deste caso que estava foragido”, afirmou Juan Valério.
Ainda segundo Juan Valério, o suspeito informou que recebeu ordem de Bruno Medeiros Mota, o ‘Filé’, para que abordasse uma pessoa que estava de moto na comunidade. Ele e um comparsa chegaram pelas costas do policial e o renderam e retiraram a arma da cintura dele e. “O infrator disse que não participou da execução, mas nós temos relatos de que ele participou sim, inclusive desferindo facadas na vítima. Com a prisão de ‘Índio’, o homicídio do policial militar está elucidado”, declarou Juan Valério.
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