Manaus, 8 de fevereiro de 2025
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Taxa de desmatamento na Amazônia é a menor dos últimos nove anos, diz governo federal

Embora o desmatamento na Amazônia tenha sido menor em 2024, a degradação florestal atingiu números recordes neste ano.

Taxa de desmatamento na Amazônia é a menor dos últimos nove anos, diz governo federal

(Foto: Agência Brasil/ Arquivo)

Manaus (AM) – Durante reunião da Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento, na quarta-feira (18), em Brasília, os órgãos do governo federal divulgaram dados que mostram queda na taxa de desmatamento na Amazônia neste ano. Os números também apresentam queda em mais duas regiões de biomas no Brasil: Cerrado e Pantanal.

Conforme relatório do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a taxa do desmatamento na Amazônia em 2024, de 6.288 km², no comparativo anual, representa uma redução de 30,6% com relação a 2023 e de 45,7% com relação a 2022. Segundo o governo, este é o menor nível de desmatamento registrado nos últimos 9 anos.

Embora o desmatamento na Amazônia tenha sido menor em 2024 por conta de um conjunto de ações do governo federal, como: Retomada do Fundo Amazônia e do programa Bolsa Verde, aumento da fiscalização, combate ao garimpo, desintrusão da terra indígena, a degradação florestal, a retirada parcial da vegetação, aumentou e atingiu números recordes neste ano. 

Conforme o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), de janeiro a setembro, 26.246 km² de floresta foram degradados, o equivalente a quase todo o território do estado de Alagoas. 

Conforme os dados divulgados em outubro, este é o maior número em 15 anos. Antes disso, o recorde para o período era de 2022, quando a degradação somou 6.869 km²; ou seja, quase quatro vezes menos do que em 2024.

Segundo o Imazon, chamou atenção que 77% do total degradado em 2024 ficou concentrado apenas em setembro, quando 20.238 km² de floresta sofreram degradação.

Diferente do desmatamento, quando acontece o corte total das árvores e a abertura da floresta, a degradação ocorre gradualmente, com a remoção de árvores selecionadas e comercialmente mais lucrativas, pela passagem do fogo ou pelos efeitos das mudanças climáticas. 

“Setembro costuma ser um mês marcado pelo aumento dessas práticas na Amazônia, por estar dentro de um período mais seco. Porém, os números registrados em 2024 são muito mais elevados do que os vistos anteriormente. E a maioria dos alertas ocorreu devido à intensificação dos incêndios florestais ”, explicou a pesquisadora Larissa Amorim, do Imazon.

O levantamento mostra ainda que tanto o Cerrado quanto o Pantanal, que ainda tinham dados relativamente altos de desmatamento, reverteram o cenário e consolidaram a queda nas áreas sob alerta de desmatamento nos últimos quatro meses – de agosto a novembro, comparando os dados, no mesmo período, de 2023 e de 2024. No período, a queda registrada no Cerrado foi de 57,2%; e no Pantanal, a redução é de 77,2%.

No encontro, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, lembrou que existe uma agenda de enfrentamento ao desmatamento no país, executada pelo governo em parceria com estados.

“Esse trabalho é fundamental para a gente cumprir as metas. Um hectare de mata, derrubado e queimado, emite 300 toneladas de carbono. Então, um dos setores mais importantes para a gente reduzir as emissões de gases de efeito estufa é o combate ao desmatamento”, disse o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, lembrando que existe uma agenda de enfrentamento ao desmatamento no país, que é executada pelo governo federal em parceria com os governos estaduais.

Já a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, exaltou os planos elaborados e executados pelo governo ao longo do ano para conter os dados ambientais negativos.

“Quando a gente olha o que está acontecendo no Cerrado, onde nós tivemos uma queda de desmatamento por nove meses consecutivos, conseguimos mostrar que os planos de prevenção e controle do desmatamento funcionam e funcionam com proficiência”, afirmou.

Com informações da Casa Civil

 

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