Manaus, 17 de maio de 2024
×
Manaus, 17 de maio de 2024

Brasil

Telegram cumpre ordem do STF e bloqueia contas do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos

Segundo a decisão, as contas estão relacionadas a Allan dos Santos, alvo de um inquérito no STF, por suspeita de liderar milícias digitais

Telegram cumpre ordem do STF e bloqueia contas do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos

BRASIL – O Supremo Tribunal Federal (STF) informou que o aplicativo de mensagens Telegram cumpriu, neste sábado (26), a ordem do ministro Alexandre de Moraes para bloquear três perfis do serviço em 24 horas. Com isso, a plataforma evitou ser tirada do ar por 48 horas no Brasil.

Moraes havia estipulado também multa de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento da ordem.

Os perfis, segundo a decisão, estão relacionados ao comunicador Allan dos Santos, que é alvo de um inquérito no Supremo sob a “suspeita de liderar esquema de financiamento de milícias digitais no Brasil”, diz texto publicado na página do tribunal.

O ministro havia determinado o bloqueio das contas do Telegram ainda em janeiro, mas o Supremo não conseguiu intimar a representação no Brasil da empresa responsável pelo aplicativo.

Na nova decisão, o ministro determinou que a notificação seja feita a um escritório de advocacia que é procurador no Brasil da empresa responsável pelo Telegram, que tem origem na Rússia e mantém hoje sede em Dubai, nos Emirados Árabes.

Leia mais: Fachin diz que eleições não serão um ‘processo sem lei’ se referindo ao Telegram

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também vem tentando oficiar o Telegram para que coopere no combate à desinformação durante o processo eleitoral deste ano, mas as tentativas de correspondência não obtiveram sucesso até o momento.

As autoridades temem que o Telegram seja palco para a desinformação no país durante o processo eleitoral porque o aplicativo não tem demonstrado disposição para implementar meios de barrar a disseminação de informações sabidamente inverídicas.

No aplicativo, por exemplo, é possível formar grupos com centenas de milhares de pessoas, que recebem mensagens simultaneamente. O principal concorrente, o WhatsApp, por exemplo, permite grupos de apenas 300 pessoas.

(*) Com informações Agência Brasil