(Foto: Arquivo TJAM)
Manaus (AM) – Os três foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Amazonas pelos crimes de homicídio qualificado contra Thalysson dos Santos, e de tentativa de homicídio contra Adalgisa dos Santos, fato ocorrido em dezembro de 2021, na rua 27 de Setembro, bairro São Raimundo, zona Oeste de Manaus.
Um homem foi condenado a 23 anos e três meses de prisão por homicídio qualificado (praticado mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima) contra Thalysson, e mais sete meses de prisão pelo crime de lesão corporal contra Adalgisa, totalizando 23 anos e dez meses de prisão.
Outro homem foi condenado a 21 anos de prisão por homicídio qualificado (praticado mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima contra) Thalysson.
O terceiro recebeu pena de 11 anos e três meses pelo crime de homicídio simples contra Thalysson.
Segundo a denúncia formulada pelo Ministério Público, o crime foi motivado por vingança e teve relação com uma desavença anterior entre Thalysson e um dos homens condenados. Segundo os autos, em 11 de dezembro de 2021, por volta de 20h, Thalysson encontrava-se na frente de sua residência, conversando com sua genitora e sua avó materna, Adalgisa, quando dois homens chegaram e atiraram em Thalysson, que ainda foi removido para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos, morrendo no dia seguinte.
Os tiros também atingiram Adalgisa. Logo após os disparos, os suspeitos entraram em um veículo que era dirigido por um dos acusados e fugiram, sendo presos posteriormente.
Os crimes, conforme os depoimentos dos próprios réus, teriam sido cometidos por vingança, porque o acusado teria tido um desentendimento com Thalysson, inclusive sendo atingido por um tiro. Adalgisa foi atingida porque estava no local do crime e não era alvo dos assassinos.
Plenário
Após ouvir testemunhas e a vítima da tentativa de homicídio (Adalgisa), o representante do Ministério Público Estadual pugnou pela condenação dos réus sustentando a tese de homicídio qualificado contra Thalysson Gabriel Oliveira dos Santos, bem como pela desclassificação para o crime de lesão corporal dolosa contra a Adalgisa Oliveira dos Santos.
As Defesas pugnaram como tese principal, quanto ao delito de homicídio contra Thalysson, a atenuante da confissão e, em relação à Adalgisa, a desclassificação para o crime de lesão corporal culposa.
A Sessão de julgamento popular foi presidida pelo juiz de direito titular da 1.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, Diego Daniel Dal Bosco com o Ministério Público sendo representado pelo promotor de justiça Marcelo Bitarães de Souza Barros, que teve como assistentes de acusação, Bernardo Rodrigues de Carvalho Neto. Na defesa dos réus atuaram os defensores públicos Oswaldo Machado Neto e Rafael Albuquerque Maia, além dos advogados Arlyson Alvarenga do Nascimento e Edna Aparecida Coelho de Souza.
Os três réus respondem ao processo presos preventivamente e, diante da condenação, o magistrado determinou o imediato cumprimento provisório da pena até o trânsito em julgado da sentença.
(*) Com informações da assessoria
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