SÃO PAULO, SP – O apartamento modelo tríplex atribuído ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será sorteado na internet em 2022. O tríplex fica localizado no Guarujá e está sendo oferecido em um site de vendas por menos de R$ 20 mensal.
De acordo com o anúncio no site Pancadão, os interessados têm de pagar uma mensalidade de assinatura de R$ 19,90 para participar. O banner da página apostou em um tom mais descontraído para atrair participantes.
O banner traz o seguinte mote da campanha de venda: “Vire a chave do tríplex mais famoso do Brasil”, no caso o “tríplex do Guarujá”.
O imóvel ficou famoso no Brasil após ser alvo de investigação da Operação Lava Jato e é facilmente identificado quando o apartamento 164-A do Condomínio Solaris, de frente para a praia mais famosa do litoral paulista.
Nos últimos anos, ele foi pivô da maior controvérsia da Operação Lava Jato”, destaca o chamamento. O ganhador que faturar o apartamento vai virar dono do imóvel sem desembolsar um centavo a mais além desse preço. Em maio de 2018, o apartamento foi arrematado por R$ 2,2 milhões, o valor mínimo determinado pela Justiça Federal, em um leilão.
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Selado, sequestrado e leiloado, o apartamento foi arrematado pelo empresário Fernando Gontijo. “Esse imóvel tem seu próprio valor, que é o de qualquer outro com 215 metros quadrados na praia do Guarujá, e tem também o valor histórico, de ter sido motivo de tanta controvérsia na história recente do nosso país”, diz o empresário.
“Qualquer pessoa pode participar. Eu ficaria muito feliz se o tríplex acabasse nas mãos de uma família pobre, que pudesse mudar para sempre a vida dessa família, e assim chegasse a seu enredo final”, destaca Gontijo.
Anulação
Em março deste ano, o ministro Edson Fachin, do STF, anulou as condenações feitas pela Justiça Federal do Paraná contra o petista. Lula foi condenado a mais de 12 anos de prisão. Na época, entre 2013 e 2017, a 13ª Vara Federal de Curitiba julgou os casos envolvendo o triplex do Guarujá, o sítio de Atibaia e duas ações ligadas ao Instituto Lula, que supostamente foram utilizados para lavagem de dinheiro e corrupção pelo ex-presidente.
De acordo com Fachin, a 13ª Vara Federal de Curitiba, então conduzida por Sergio Moro e depois por Gabriela Hardt, não era “juiz natural” dos casos. Isso sustentou a decisão do ministro em anular as condenações do ex-presidente, visto que os processos não cabiam ser julgados pela Justiça do Paraná — apenas aqueles crimes praticados contra a Petrobras.
(*) Com informações Correio Braziliense
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