Manaus, 3 de maio de 2024
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Uber reconhece vínculo trabalhista de motoristas no Reino Unido

Todos os 70 mil motoristas credenciados ao aplicativo de transporte terão direito a salário mínimo e férias remuneradas

Uber reconhece vínculo trabalhista de motoristas no Reino Unido

(Foto: Reprodução/ Pixabay)

Após anos de imbróglios jurídicos, a Uber anunciou que vai conceder direitos trabalhistas aos seus motoristas no Reino Unido a partir desta quarta-feira (17).

A decisão, histórica para uma empresa que sempre funcionou sem ter vínculos empregatícios, ocorre após a gigante americana de tecnologia perder a batalha na Suprema Corte britânica no final de fevereiro.

Com isso, todos os 70 mil motoristas credenciados ao aplicativo de transporte terão direito a salário mínimo e férias remuneradas. É uma decisão inédita para a Uber em todo o mundo.

Uber reconhece vínculo trabalhista: como os motoristas irão receber o benefício?

O principal ponto desta decisão que favoreceu os motoristas está em um entendimento diferenciado da corte britânica entre trabalhadores e funcionários. Este último, para juízes do Reino Unido, são aqueles que possuem contrato assinado com empresas para prestar determinado serviço. Já os trabalhadores são os que exercem serviços à empresas.

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Hoje, o salário mínimo é de 8,72 libras (cerca de R$ 69) por hora no Reino Unido. A previsão, segundo a France Presse, é de subir para 8,91 libras em abril — cerca de R$ 70. É um valor abaixo do que motoristas do Uber recebem, em média, na Inglaterra. De acordo com projeções, são 17 libras por hora em Londres e 14 libras por hora no resto do País.

Com isso, esse salário mínimo será apenas uma base para que motoristas não tenham prejuízos em dias menos movimentados, por exemplo, recebendo um valor base a cada hora trabalhada. As férias remuneradas, enquanto isso, devem pagar os motoristas de acordo com uma média de ganhos nos últimos meses trabalhados por esse profissional.

Não há nenhuma decisão, portanto, sobre possíveis pagamentos da Uber em casa de desemprego ou desligamento da plataforma.

*Com informações do Metrópoles