PRIMAVERA, PA – Dois casos suspeitos da variante indiana do novo coronavírus foram notificados pela Prefeitura de Primavera, no Pará. Os quadros estão sendo investigados e monitorados pelos órgãos competentes. A situação no Pará preocupa o Amazonas. As informações são do G1.
Os dois pacientes com a suspeita da nova cepa relataram à prefeitura que estiveram no Estado do Maranhão e mantiveram contato indireto com alguns tripulantes do navio MV Sandong da Zhi.
De acordo com a nota emitida, ambos apresentaram síndrome gripal, com dor de garganta, coriza, tosse, febre e cefaleia e testaram positivo para a Covid-19. Atualmente, o quadro clínico dos dois está estável e todos aqueles que tiveram contato com eles estão cumprindo isolamento.
“A Secretaria Municipal de Saúde de Primavera já comunicou ao Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (Cievs) e a Secretaria Estadual de Saúde (Sespa) para adoção das medidas cabíveis. A equipe de monitoramento permanece acompanhando os pacientes”, relata a nota. Amostras de sangue foram coletadas para a verificação do possível contato com a nova variante.
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A Secretaria Estadual de Saúde (Sespa) emitiu uma nota dizendo que ainda não foram identificados casos de transmissão local da variante indiana.
“As amostras de swab estão no Lacen e devem ser posteriormente encaminhadas para sequenciamento genético no Instituto Evandro Chagas”, diz a nota.
Margareth Dalcolmo, pneumologista e pesquisadora da Fiocruz, disse à CNN que não está otimista com a capacidade de o país conter a variante indiana.
“Eu não creio [que vamos controlar]. Acho que é só uma questão de tempo e nós vamos descobrir a variante da Índia circulando em outros locais, é muito difícil conter.” Para Margareth, uma possível terceira onda vem se mostrando cada vez mais iminente, levando em conta a imunização lenta e a transmissibilidade da cepa.
“O Ministério da Saúde enviou testes, até uma quantidade grande, que pode testar metade da população de São Luís e de seus arredores. Talvez isso consiga determinar o tamanho do problema do ponto de vista epidemiológico, do impacto, mas não conseguirá controlar a transmissão. Dependendo da taxa de transmissibilidade de uma variante, sem dúvida nenhuma, poderá causar uma situação muito grave no Brasil.”
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