Manaus, 7 de maio de 2024
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Cidades

Viadutos deixados por Arthur precisarão de ‘remendos’ para ser trafegáveis, diz Rotta

Segundo o vice-prefeito e secretário de Infraestrutura (Seminf), Marcos Rotta (DEM), o viaduto do Manoa tem um desnível acentuado

Viadutos deixados por Arthur precisarão de ‘remendos’ para ser trafegáveis, diz Rotta

Foto: Alex Pazuello / Semcom

O vice-prefeito de Manaus e secretário de Infraestrutura (Seminf), Marcos Rotta (DEM), disse que dois dos viadutos construídos, ainda na gestão do ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB) – e que custaram mais de R$ 110 milhões aos cofres públicos – passarão por “remendos”, para se tornarem trafegáveis com segurança.

Os viadutos são: Professora Isabel Victoria, no acesso ao Conjunto Manoa, na zona Norte e o Complexo Viário Ministro Roberto Campos, no São Jorge, zona Oeste de Manaus.

A fala de Rotta ocorreu nesta quinta-feira (11), em entrevista a uma rede de comunicação local. “Nós estamos preocupados, acima de tudo, com a segurança de quem vai trafegar pelas vias. Você sabe que a pressa é “inimiga da perfeição”. Quando você faz algo para entregar em um determinado prazo, sabendo que aquilo é contra os princípios de engenharia, o resultado está aí”, afirmou Marcos Rotta.

O viaduto do Manoa foi interditado no dia 1º de janeiro por não atender as especificações de segurança para trafegabilidade, e de acordo com Rotta, a empresa foi acionada para fazer os reparos, mas ainda não conseguiram reverter o erro na construção; ainda não há data prevista para reabertura.

“Nós fizemos uma  mesa redonda com o consórcio que realizou a obra, inclusive, trouxemos de São Paulo o calculista responsável. Houve muita discussão sobre a qualidade da obra e eu sugeri que todos ali pegassem um carro pequeno, um de médio porte e um ônibus para que fossem trafegar sobre o viaduto e eles in loco perceberam que existe ali o efeito tobogã. A pessoa não precisa ser engenheiro para saber que ali há um desnível muito acentuado”, disse o vice-prefeito.

Ainda segundo Rotta, a empresa já está fazendo as manutenções, como a ranhura do concreto, depois vão aplicar mais 12 cm de concreto, fazer a divisão de pista e aumentar a área de escape do viaduto. “Se não for feito de acordo com as normas de segurança de Manaus, eles vão ter que fazer de novo”, enfatizou o secretário da Seminf, afirmando que a empresa já recebeu o pagamento completo na gestão anterior, por uma obra que ainda não está sendo utilizada pela população manauara.

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Complexo do São Jorge

Outro viaduto que vai receber reparos é o do complexo do São Jorge, na zona Oeste da cidade, que não permite a passagem de caminhões com mais de quatro metros de altura, por conta de um tubo de gás natural que deveria ter sido desviado durante a construção do complexo. Ao menos quatro acidentes já foram registrados no local, desde a sua inauguração, em junho de 2020.

“Ali, tem uma tubulação de gás que não foi desviada, aquilo é um erro primário. Você faz um viaduto e não desvia a tubulação porque vai custar mais caro. Agora, está um risco iminente lá. Nós estamos projetando, aqui, realizar umas obras de defensa “remendos” para proteger a tubulação da rede de gás”, finaliza Rotta, criticando a execução da obra, que ele considerou não tão necessária quanto a obra do viaduto do Manoa.