Manaus, 5 de dezembro de 2024
×
Manaus, 5 de dezembro de 2024

Brasil

Vizinhos dizem que padeiro da Vila Cruzeiro levou prêmio da Mega Sena

Vizinhos dizem que padeiro da Vila Cruzeiro levou prêmio da Mega Sena

Felizardo faturou mais de R$ 107 milhões com um jogo de R$ 3,50. Lotérica fica no Complexo da Penha. (Foto: Divulgação)

Felizardo faturou mais de R$ 107 milhões com um jogo de R$ 3,50. Lotérica fica no Complexo da Penha. (Foto: Divulgação)

A Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, está em polvorosa. O ganhador do maior prêmio já pago no Rio pela Mega-Sena, —no valor de R$ 107.956.102,12— fez sua aposta, com um simples bilhete de R$ 3,50, em uma loteria da comunidade, que virou point desde o anúncio do ganhador. A expectativa da vizinhança agora é saber quem é o grande sortudo. E já tem gente fazendo aposta.

O morador Igor Martins Estrela Fernandes, que estava na fila da lotérica ontem, disse que o novo milionário do pedaço pode ser uma pessoa que trabalha na padaria. “Existe um boato de que um padeiro da comunidade é o felizardo. Ele está sumido desde o fim de semana”, contou Igor, que ficou impressionado com a notícia. “É surpreendente que um morador da comunidade tenha ganhado o prêmio”, comemorou.

Ontem, o movimento foi grande na loteria Cruzeiro da Sorte, onde o novo milionário fez a aposta. Uma placa colocada na frente do estabelecimento, que é o único da comunidade, anuncia que o prêmio da Mega-Sena saiu para um cliente do local. “O número de apostas aumentou em torno de 20%, pois os jogos da Caixa ganharam mais credibilidade”, explicou o dono da lotérica Jorge Fumaux Sobrinho, que contabiliza outros prêmios e se orgulha do estabelecimento pé quente.

“Tiveram outras premiações grandes. Uma quina da Mega-Sena, no valor de R$ 38 mil, saiu aqui, mas essa (da Mega-Sena) foi a maior. A comunidade merecia essa sorte”, afirmou o dono da lotérica.

Esse é o quarto maior prêmio individual da história da Mega-Sena. Se o valor da bolada fosse dividido por todos os moradores da Vila Cruzeiro, cada um receberia, em média, R$ 12 mil.

Na comunidade, segundo dados do Instituto Pereira Passos, com base no Censo Demográfico 2010 do IBGE, a população em domicílios particulares permanente equivale a 8.611.

Em uma região em que a renda per capita média é de R$ 390,93 (de acordo com dados do Censo 2010), moradores do Complexo da Penha só queriam uma ‘ajudinha’ do novo milionário.

“A comunidade é carente de serviços básicos e abandonada pelo serviço público. O presidente da associação de moradores é que se desdobra para amenizar um pouco a inércia do serviço público”, declarou Jorge. O outro morador, Igor, já conta com a ajuda do felizardo. “Espero que ele (o ganhador) realize obras dentro da comunidade e ajude principalmente as crianças”, completou. 

878 camaros amarelos

Com o prêmio de quase R$ 108 milhões, o ganhador consegueria comprar 878 camaros amarelos. O carro da moda entre os ricos, custa, aproximadamente, R$ 123 mil. A bolada milionária também daria para comprar a casa de praia mais cara do Brasil, que fica em Caraguatatuba, São Paulo, no valor de R$ 60 milhões — com 4 mil metros quadrados, 3 andares, 17 suítes e 4 piscinas— e ainda sobraria R$ 48 milhões para a adquirir uma coberturana Avenida Vieira Souto, Leblon, endereço mais nobre do Rio.

As dezenas sorteadas no último sábado, que deram vida ao mais novo milionário do país foram: 09, 26, 29, 42, 43 e 45. Se o prêmio de R$ 108 milhões fosse aplicado na poupança, investimento que rende menos do que outros, o lucro mensal seria de R$ 600 mil.

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, com preço de R$ 3,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa Econômica Federal.

Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 17.517,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003. O próximo sorteio da Mega-Sena será amanhã, às 19h, e a previsão de prêmio é de R$ 3 milhões.

Fonte: O Dia