(Reprodução)
O governador Wilson Lima pontuou, na manhã desta segunda-feira, 30, algumas questões sobre o seu primeiro ano de administração.
Em entrevista ao programa Diário da Manhã, do Grupo Diário, Lima voltou a destacar que o governo está fazendo uma reformulação em todo sistema de saúde pública do Estado em busca de melhorias.
Segundo o governador, o maior desafio do ano de 2019 foi manter o pagamento de empresas terceirizadas da saúde que disponibilizam profissionais como médicos, enfermeiros.
“Nós conseguimos pagar duas competências do ano passado e estamos fazendo um esforço muito grande para manter em dia o pagamento dessas empresas. Esse foi o nosso maior desafio e, naturalmente, garantir que houvesse abastecimento de medicamento”, disse Wilson Lima.
Francisca Mendes
Quanto ao Hospital Universitário Francisca Mendes, de acordo com o governador, desde que o Estado formalizou o contrato com a Fundação de Apoio Institucional Rio Solimões (Unisol), no último dia 4 de dezembro deste ano, garantindo a gestão compartilhada da unidade hospitalar por mais seis meses em um processo de transição, o governo conseguiu a aquisição de vários novos equipamentos.
“Conseguimos arrumar duas máquinas de hemodinâmica que há muito tempo não funcionava, aumentamos a quantidade, por exemplo, de carrinhos anestésicos e hoje já temos três deles, somente na última semana conseguimos operar seis pessoas, sendo cinco adultos e uma criança. A nossa ideia é que nos próximos dias tenhamos a normalidade de operação cardiológica, tendo duas operações por dia”, enfatizou.
Com relação aos funcionários contratados pelo Unisol, atuando de forma terceirizada na unidade de saúde pública, o governador garantiu que todos serão absolvidos pelo Estado e por quem entrar para administrar o Hospital Francisca Mendes, mesmo com o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) já informando que é contra essa medida e que quer concursos públicos.
“Onde houver essa troca de administração, nosso compromisso é absolver aquela pessoa que já trabalha ali. uma garantia minha, uma garantia do governo, de que todas essas pessoas sejam pagas e que todas sejam absolvidas”, disse.
Sobre possíveis futuras ações do órgão ministerial contra o governo, Lima informou que vai fazer aquilo que torne o Estado sustentável e dê condições de equilíbrio fiscal.
Famílias
Sobre as famílias que necessitam do Hospital Francisca Mendes, Wilson Lima informou que elas estão recebendo o devido acompanhamento do serviço social.
“Estamos dando todo o amparo e acompanhamento, vale dizer que, temos em situação mais delicada aquelas crianças que têm cardiopatia congênita, que são quadros gravíssimos. E aí, acontece que geralmente essa doença é identificada durante a gravidez, ou seja, a mãe tem que passar por um pré-natal e em muitos casos, só se identifica a doença depois que a criança nasce”, comentou.
Conforme Wilson Lima, durante a gravidez, em boa parte dos casos, já há uma indicação para um procedimento cirúrgico quando as crianças sofrem do problema congênito e a ideia é que haja uma preparação logo após o parto para que essa criança seja submetida a esse procedimento.
“Só que gente tem uma atenção primária ainda muito deficitária, muitos dos casos que a gente recebe nas maternidades, o médico vai fazer uma cesária, um parto às cegas, porque ele não tem o histórico dessa mulher e ele não sabe se essa foi uma gravidez de risco, o que aumenta ainda mais o risco de óbito ou de alguma outra complicação”, finalizou.
FTI
O governador também falou sobre a aplicação de recursos do Fundo de Fomento ao Turismo, Infraestrutura, Serviços e Interiorização do Desenvolvimento do Amazonas (FTI) na saúde. Lima explicou que o dinheiro realocado foi utilizado para o pagamento das empresas terceirizadas e compra de equipamentos.
“Pela primeira vez os municípios do interior receberam esses recursos e foram beneficiados com a recuperação e ampliação das unidades de saúde”, ressaltou.
Ele também revelou que determinou um levantamento das contas do Estado para saber o que realmente deve repassar em recursos do FTI para municípios, principalmente Manaus, que pleiteia o repasse de R$ 1 bilhão.
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