Manaus, 27 de abril de 2024
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Manaus, 27 de abril de 2024

Cenário

Zé Ricardo alfineta Bolsonaro: ‘quer destruir a Zona Franca de Manaus’

Sem a Zona Franca, vai crescer o garimpo ilegal e a exploração de madeira, sobretudo, em terras indígenas da região. A própria UEA está ameaçada, já que depende de um fundo que vem do PIM, pontua Zé Ricardo

Zé Ricardo alfineta Bolsonaro: ‘quer destruir a Zona Franca de Manaus’

Foto: Divulgação| Montagem|AM1

Diante da indiferença do presidente Jair Bolsonaro (PL) que não cumpriu o combinado em que faria a edição no novo decreto alterando o corte de 25% para 33%, além da inclusão de parte dos produtos fabricados na Zona Franca de Manaus, o deputado federal Zé Ricardo (PT/AM) disparou:

“Em fim de mandato, o presidente Bolsonaro quer destruir a Zona Franca de Manaus (ZFM) e a Amazônia, insistindo em manter a redução do IPI para todo o Brasil e agora dizendo que pode cortar também incentivo tributário das empresas de concentrados de refrigerantes. Essas medidas resultarão em mais desemprego, perda de arrecadação pública e menos recursos para o interior do Estado”, disparou.

Ainda conforme o parlamentar, se o decreto não for editado e o Amazonas perder o PIM, o garimpo ilegal e a exploração de madeira, sobretudo, em terras indígenas da região vão crescer, colocando em riscos outras atividades, bem como a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) que depende de um fundo que vem do Polo Industrial.

G20
Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

“O presidente poderá levar o Amazonas para uma crise sem precedentes, que afetará a vida de todos os amazonenses, o meio ambiente e as próximas gerações” frisou o parlamentar que disse que vai continuar na luta, em defesa da ZFM e dos trabalhadores.

Os senadores e deputados federais do Amazonas alertaram o Governo federal sobre os efeitos e consequências do decreto na Produção Industrial de Manaus ao impor um corte de 25% das alíquotas do IPI para a Zona Franca de Manaus, deixando o PIM com pouca competitividade em relação aos demais polos brasileiro.

Tanto os empresário quanto os parlamentares explicam que o Amazonas não é contra a redução do IPI, mas destacam que não é possível tratar os “desiguais com igualdade”, pois o principal problema do Amazonas é a logística, que desestimula o empresário, se não houver um atrativo a mais.