Fotos: Márcio Silva/Portal AM1
Dos 11 candidatos a prefeito de Manaus, os seis que estão em coligações, não receberam recursos de alguns dos partidos que os apoiam. No total, 12 partidos abriram mão ou não puderam transferir dinheiro que teriam em situação disponível do Fundo Eleitoral de Financiamento de Campanha.
O total do Fundo Eleitoral disponibilizado para 33 partidos nas eleições deste ano é de mais de R$ 2 bilhões. O critério de divisão desses recursos é definido pelas direções nacionais das siglas.
Os valores que não forem utilizados devem ser devolvidos para os cofres do Tesouro Nacional.
No final do ano passado, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizaram a transferência de recursos entre partidos de uma mesma coligação. A transferência dos valores entre partidos que não pertencem a uma mesma coligação foi proibida.
Coligação PL e PSDB de Alfredo Nascimento
O PSDB, que neste ano forma aliança com Alfredo Nascimento (PL), não repassou nenhum recurso para o candidato que conta com o apoio do prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) e tem Conceição Sampaio (PSDB) como vice.
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Alfredo conta com a transferência de R$ 6 milhões feita pelo seu próprio partido, o PL.
O PSDB tem direito a R$ 130,4 milhões do Fundo Eleitoral, neste ano.
Amazonino Mendes – coligação Podemos, PSL, MDB e Cidadania
No caso de Amazonino Mendes (Podemos), além de ter recebido R$ 2,1 milhões das direções nacional e municipal do seu partido, ele também conta com a doação de R$ 410 mil do PSL.
Porém, o MDB e o Cidadania, que também formam sua coligação, não realizaram doações para ele. A direção estadual do MDB explicou que o partido proíbe o repasse de verbas do Fundo Eleitoral para outros partidos.
Alberto Neto – coligação Republicanos, PMN e PTB
Alberto Neto (Republicanos) também não conta com doação do PTB, porém, recebeu R$ 300 mil do PMN, além dos R$ 2 milhões recebidos pelo seu partido.
David Almeida – coligação Avante, DEM, PMB, PRTB, PROS, PTC e PV
Na coligação de David Almeida, que é formada por sete partidos, quatro não doaram nada para ele, o PV, PRTB, PROS e PTC. O ex-deputado estadual recebeu recursos do seu partido, R$ 1,2 milhão do Avante, mais R$ 400 mil doados pelo DEM e R$ 80 mil, repassados pelo PMB.
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O deputado estadual Fausto Júnior, que é presidente municipal do PRTB, explicou que o partido abriu mão de receber mais de R$ 1,2 milhão do Fundo Eleitoral. Por essa razão, não houve doação de recursos para David Almeida.
“Esse foi um direcionamento do próprio presidente nacional do partido, Levy Fidélix, de abrir mão do fundo eleitoral, por ser contra a utilização de dinheiro público nas campanhas eleitorais. Isso tem sido uma política nacional do partido, não somente no âmbito no Amazonas”, explicou o parlamentar.
Ricardo Nicolau – coligação PSD, PP, SD, PSB e PDT
A candidatura de Ricardo Nicolau (PSD) também não conta com doações de campanha de alguns partidos da sua coligação. Ele recebeu R$ 1,8 milhão da direção municipal do PSD e mais R$ 409 mil da direção estadual do PP. O PSB, SD e PDT não transferiram recursos.
O deputado estadual Serafim Corrêa, presidente de honra do PSB, explicou que o partido recebeu apenas R$ 620 mil da direção nacional e o partido dividiu o valor entre os candidatos a vereador.
“Nós recebemos apenas R$ 620 mil da direção nacional e decidimos dividir entre os nossos 62 candidatos a vereador, ficando apenas R$ 10 mil para cada um. Como que a gente poderia ajudar o candidato majoritário (Nicolau)? Isso daí é o mínimo do mínimo”, explicou Serafim.
José Ricardo – coligação PT, PSOL e Rede
O deputado federal José Ricardo só recebeu recursos do PT até agora, R$ 1,4 milhão. A Rede e o PSOL não doaram nada.
O PT, aliás, é o partido que possui o maior valor disponível do Fundo Eleitoral para financiar as campanhas de seus candidatos nestas eleições, sendo mais de R$ 201 milhões.
Tabela Fundo Eleitoral
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