Manaus, 18 de maio de 2024
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Brasil

34 milhões de pessoas estão desconectadas da internet no Brasil, diz pesquisa

Brasil ainda está atrasado em relação a muitos países desenvolvidos.

34 milhões de pessoas estão desconectadas da internet no Brasil, diz pesquisa

Foto reprodução

Mesmo com a necessidade de se ter uma ferramenta como a internet nos dias atuais, muitas pessoas no Brasil seguem sem dispor dessa tecnologia. De acordo com estudo do Instituto Locomotiva e da empresa de consultoria PwC, feito em março de 2022, 33,9 milhões de brasileiros seguem desconectados no país, além de 86,6 milhões que não conseguem se conectar todos os dias.

A pesquisa ainda avaliou que o percentual de ‘desconectados’ no país chega a 20% entre as pessoas com mais de 16 anos. Entre os ‘meio conectados’ e os ‘parcialmente desconectados’ equivalem a 25% e 26% da população, respectivamente. Dentre alguns fatores pelos quais muitos brasileiros não conseguem ter acesso à internet, ou quase não ter, estão a instabilidade do sinal da internet (48%), a velocidade da internet (44%) e a qualidade do sinal (44%). 

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Tal problema atinge e tem sido um desafio para a educação brasileira. Sobretudo durante a pandemia de coronavírus, o Brasil evidenciou que a dificuldade com conexão também traz consequência de ensino básico. Ao mesmo tempo que, segundo o levantamento, 88% das escolas privadas tiveram aulas realizadas por meio online, o percentual de escolas públicas que possuem acesso a esse recurso foi de 59%.

Foto: Pixabay

Há razões para que o Brasil não tenha conseguido suprir a necessidade do acesso à tecnologia nos dias atuais. Para o presidente da PwC, Marco Castro, um dos principais motivos é a desigualdade existente no pais, que faz com que haja carências de investimento em tecnologia e educação via online no Brasil. ‘A gente tem uma carência de mão de obra. Hoje em dia, você não encontra profissionais de tecnologia para suprir total necessidade que o mercado tem e, cada vez mais, a gente tem a crença de que toda empresa, no futuro, será uma empresa de tecnologia’.

O mandatário do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, corrobora com a visão de Marco, e faz um apelo à autoridades e governos para que o acesso à internet seja mais democrático. ‘O abismo digital tem rosto. Ele é negro, pobre e mais velho. Por isso, precisamos que políticas públicas sejam promovidas para mudar essa realidade e reduzir a desigualdade’.

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Ainda de acordo com o estudo da PwC, 13,5% milhões de domicílios no Brasil têm conexão de banda larga móvel via modem ou chip, que é mais lenta para acessar a internet. Nove em cada dez deles são das classes C,D e E. Para 68% das pessoas entrevistadas pelo Instituto Locomotiva e pela PwC, o custo alto dos serviços de internet no Brasil é um grande empecilho para não os contratar.

Com informações da Agência Estado