O médico infectologista da Fiocruz Amazônia, Marcus Vinícius Guimarães de Lacerda, informou na manhã desta segunda-feira, 6, em coletiva de imprensa, que 81 pacientes de Covid-19 internados no Hospital Delphina Aziz estão participando da pesquisa sobre o efeito da cloroquina.
Segundo a pesquisa, a taxa de letalidade no Amazonas foi de 13%, o estudo foi realizado em duas semanas, com dosagens diferentes para dois grupos de pacientes.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) se manifestou nas últimas semanas afirmando que o uso da cloroquina, embora possa ter algum impacto sobre alguns pacientes, não tinha tratamento efetivo ou drogas comprovadas contra o novo coronavírus.
A principal descoberta da pesquisa é que o uso de doses mais altas é letal. “A cloroquina, numa dose mais alta, pode dar arritmias graves e levar à morte, foi realizado nos pacientes o controle diário por meio do eletrocardiograma”, disse o infectologista.
O medicamento é indicado pelo Ministério da Saúde para pacientes hospitalizados e em casos graves. A cloroquina pode causar efeitos colaterais como graves arritmias, hepatite, pancreatite e choque anafilático.
Estudo
A equipe é formada por 70 pesquisadores que estão há duas semanas no hospital, os testes foram realizados conforme as teses científicas.
Os pacientes foram divididos em dois grupos, um de 40 e outro 41 pessoas, um grupo recebeu as doses altas, conforme o estudo na China, e outro grupo recebeu doses baixas, conforme o estudo nos Estados Unidos.
Ficou comprovado que a alta dose de cloroquina tem uma toxicidade alta, e que afeta o coração, os pacientes eram submetidos diariamente ao eletrocardiograma para verificar a reação do medicamento.
Até o momento, 11 pacientes do estudo morreram de Covid-19, a letalidade foi de 13%, em comparação as pesquisas em outros países, a letalidade foi considerada baixa, pois no mundo as mortes variam entre 18% a 20%.
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