Manaus, 4 de maio de 2024
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Cidades

‘A Amazônia não está em chamas’, diz líder do governo Bolsonaro, Joice Hasselmann

Na companhia do empresário Romero Reis e do deputado federal capitão Alberto Neto (PRB-AM), parlamentar sobrevoou de Manaus a Tefé, nesta tarde

‘A Amazônia não está em chamas’, diz líder do governo Bolsonaro, Joice Hasselmann

Deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), durante entrevista coletiva após sobrevoo pelo Amazonas (Foto: Carlos Bolívar/Amazonas1)

Após sobrevoar por 4 horas de Manaus até o município de Tefé, a 575 quilômetros da capital, para localizar e verificar os focos de queimadas e desmatamentos nesta área da região da amazônica, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, concluiu: “A Amazônia não está em chamas”.

Na tarde desta terça-feira, 30, a  deputada paulista reuniu a imprensa para informar o que ela concluiu sobre o voo realizado em operação intitulada por ela como “Expedição Amazônia”, e disse que “as manchetes internacionais não trazem a realidade”. “A Amazônia não está em chamas”, ressaltou. Segundo ela, identificado apenas 4 pontos devastados na região.

De acordo com Hasselmann, o intuito dessa expedição era saber o que realmente está acontecendo com a Amazônia, e fazer um alerta para população de que a mídia internacional estaria mentindo, por não mostrar a realidade, e garantiu continuar com os sobrevoos em outras áreas da Amazônia Legal.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o extremo sul do Estado do Amazonas, na fronteira com Acre e Rondônia, é hoje a quarta área mais desmatada e com focos de incêndios na Amazônia, atrás apenas de Altamira (PA), Porto Velho (RO) e São Félix do Xingu (PA). Ao ser questionada porque não sobrevoou a região do Sul do Amazonas, Hasselmann respondeu:

“Eu não fui exatamente onde tem  um foco de incêndio por que eu quero mostrar para o povo brasileiro que a nossa Amazônia continua em pé e verde. Se a Amazônia está em chamas nessa região, pintaram de verde, por que o que eu vi foi um mar de mata”, disse, se referindo ao tratar a região sobrevoada como a mais destacada pela mídia e, por sua concepção, representar a Amazônia Legal.

“Essa área não tem muito foco de queimada, não mudou nada nos anos que se passaram, o que mudou foi o governo, e por se tratar de Bolsonaro o alarde é maior, criam confusão. Quando você olha o tamanho da região e o tamanho do desmatamento nesse área específica do Amazonas, o desmatamento é de 3% e a lei nos permite 20%”, argumentou a deputada federal.

Para Joice, as manchetes publicadas na mídia internacional dão impressão de que toda a floresta está pegando fogo. Na próxima semana ela pretende sobrevoar Porto Velho para verificar as áreas atingidas na região.

‘Enfrentar Ongs’

Conforme a deputada Joice Hasselmann, as visitas nessa área da região com a operação “Expedição Amazônia”  seria para mostrar que a Amazônia não está chamas. “Nosso objetivo é trabalhar para que esses focos de incêndios em um futuro recente sejam reduzidos”, declarou.

Para solucionar os problemas de focos de queimadas e desmatamento “a nossa solução, que realmente temos  é enfrentar  as Ongs, pois tem muitas Ongs que é um clube fechado de milionários, mas que o dinheiro não chega ao ribeirinho, na população que precisa, temos que enfrentar esse debate”.

“O trabalho de olhar com cuidado a nossa Amazônia não se resume ao período de foco de incêndio ou de seca, é um assunto que tem que ser debatido sempre, para que as ações não sejam pontuais e sim de continuidade”, acrescentou.

Amazônia e Economia

Segundo a parlamentar, o desmatamento e as queimadas não interferem na economia do país. Questionada sobre as empresas dos Estados Unidos que decidiram parar de comprar couro do Brasil até que se estabeleça um controle sobre as queimadas na Amazônia ela respondeu:

“As marcas famosas que fizeram essas declarações, não pararam de comprar ainda. Esse mercado é muito pouco o volume de compras, e nós temos um mercado mundial e, principalmente, nós temos uma coisa que nenhum outro país tem, que é a matéria-prima, então isso é pura chantagem, bobagem e não interfere nada na economia, se um não compra iremos vender pra outro”, concluiu.

 

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