Manaus, 6 de maio de 2024
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Cenário

Academias vão lutar para ampliar horário de reabertura no Amazonas

O governo liberou o funcionamento das academias das 6h às 11h a partir da próxima segunda-feira. A categoria refuta risco de contaminação

Academias vão lutar para ampliar horário de reabertura no Amazonas

Há mais de um mês com as portas fechadas, por conta das medidas restritivas da covid-19, as academias no Amazonas tiveram liberação do governo estadual para o retorno das atividades a partir da próxima segunda-feira (1°). A reabertura será limitada ao horário entre 6h às 11h da manhã, com capacidade máxima de até 50%.

Segundo a Associação dos Profissionais de Educação Física do Amazonas (Apefam), haverá uma nova tratativa com o governo para estender esse horário de funcionamento.

“O governo, em tratativas com representantes da classe, decidiu liberar o retorno das atividades em academias e similares a partir do dia 1º de março, sendo flexibilizados esses serviços das 6h às 11h da manhã, nesta primeira semana, e, na semana seguinte, prometeu estudar a possibilidade de aumento desse horário para além do turno matutino”, afirmou Antenor Felizardo, presidente da Associação dos Profissionais de Educação Física do Amazonas.

Segundo Felizardo, a categoria pretende fazer uma nova proposta na próxima semana, a fim de aumentar o horário dessas atividades para além do turno matutino, pois os profissionais de Educação Física estão passando por grandes dificuldades e “em muitos casos estão sem ter o que comer ou sem ter como sustentar suas famílias”.

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Ele conta que, para contornar a situação, a associação está promovendo campanhas para doação de alimentos. “O governo, em reunião conosco, informou que estará abrindo uma linha de crédito para os profissionais de Educação Física, através da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam)”, acrescentou.

Riscos de contaminação

Apesar da expectativa de uma possível flexibilização, a retomada as atividades do setor ainda deixa dúvidas por conta dos riscos de contaminação apontados por especialistas.

Nesta quarta-feira (26), dois artigos científicos publicados pelo Relatório Semanal de Morbidez e Mortalidade do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos afirmaram que as academias são locais de alto risco para a transmissão da covid-19. Um deles descreve um surto, em agosto do ano passado, em uma academia de Chicago, onde 55 casos de covid-19 foram identificados entre 81 participantes de aulas de exercícios internos.

No Amazonas, ainda não foi realizado nenhum estudo nesses ambientes, mas os locais foram os primeiros a sofrer as restrições e já amargam perdas econômicas. Para o presidente da Associação de Profissionais de Educação Física do Amazonas (Apefam), Antenor Felizardo, esses estudos não condizem com a realidade.

“As academias são locais completamente seguros, desde que haja higienização adequada e respeito aos protocolos de segurança à saúde por seus profissionais, gestores e praticantes das atividades neste ambiente. Dizer que estes locais são de alto risco são arbitrários e fogem da realidade dos profissionais de Educação Física, que atuam de maneira correta e responsável”, disse.

Ele ressalta que a associação vai realizar uma campanha de orientação aos profissionais de Educação Física e gestores de academias para garantir o cumprimento dos protocolos de segurança.