Acidente de trânsito em Manaus. (Foto: Márcio Silva)
MANAUS, AM – Com o retorno das atividades, o trânsito em Manaus voltou ao cenário caótico. Do dia 1º de janeiro até esta quinta-feira (22), 478 casos de acidentes foram registrados. As ocorrências preocupam as autoridades e motociclistas e pedestres são considerados os elos mais fracos.
O IMMU (Instituto Municipal de Mobilidade Urbana) informou ao Portal Amazonas 1 que, dos 478 acidentes, 208 tiveram registros de vítimas, sendo que 50 foram fatais. Dentre elas, houve ainda 22 óbitos de motociclistas e 16 de pedestres.
O número de motociclistas mortos em acidentes de trânsito aumentou 37%, se comparado ao mesmo período de 2020. Já o de pedestres reduziu em 15%. 2020 registrou 16 mortes de motociclistas no primeiro trimestre. Simultaneamente, 19 pedestres morreram.
Em uma dessas ocorrências, Ivania Dantas, 30, teve seu carro parcialmente destruído após uma colisão com outro veículo. Segundo ela, o outro condutor foi imprudente no trânsito. O carro invadiu a contramão da rua e colidiu contra o carro dela. Por muito pouco, ela poderia ser mais uma vítima fatal da estatística se estivesse usando o cinto de segurança. Ela teve apenas escoriações.
“Eu saí ilesa por que estava de cinto. Se não estivesse, poderia ter sido muito pior”, afirmou Ivania.
Acidentes como motociclistas
O Immu afirmou que a taxa de acidentes envolvendo motociclista aumentou devido à alta demanda por serviços de deliverys. Já a redução nos casos que envolvem pedestres se deve à redução das pessoas nas ruas por causa do distanciamento social durante a pandemia e os planos de revitalização no sistema de mobilidade urbano.
O Detran- AM disse ao Portal Amazonas1 que as ocorrências mais comuns na capital amazonense estão envolvidas com o uso do celular ao volante, imprudência e embriaguez.
Foto Márcio Silva
Primeiros Socorros em acidentes de trânsito
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) é acionado sempre que um acidente que envolve vítimas ocorre. Segundo Júlio Cunha, socorrista do Samu, a aflição aumenta conforme a ocorrência.
“Na hora da ocorrência, precisamos estar prontos. Recebemos a ocorrência da central, e na viatura a preparação começa. No caso de lesões graves, bem como, cortes extensos e fratura exposta, a tensão e aflição aumentam”, afirmou o enfermeiro.
Questionado sobre ocorrências envolvendo motocicletas, ele afirmou que são as mais recorrentes, dessa forma, exigem um nível técnico maior. Os socorristas prestam os primeiros socorros e o atendimento de APH é a diferença entre a vida e a morte.
Ele lembra que a omissão de socorro é crime. A legislação obriga aos dotados de conhecimento socorrer a vítima. Os cidadãos devem acionar o socorro imediatamente.
O artigo 304 de CTB afirma que os condutores que ocasionam os acidentes e fogem sem prestar socorro podem responder à detenção de seis meses a um ano.
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