Brasília (DF) – O advogado Rodrigo Tacla Durán, que atuou na defesa da empreiteira Odebrecht na época da Operação Lava Jato, afirmou que um dos procuradores da força-tarefa, Carlos Fernando dos Santos Lima, pagou propinas no valor de R$ 500 mil para que doleiros se livrassem dos processos.
De acordo com Duran, o doleiro chinês naturalizado brasileiro, Wu-Yu Sheng, teria pago a “mesada” a advogados que participaram do esquema.
“Essa proteção era praticada mediante a cobrança de uma taxa, para que o doutor Carlos Fernando se comprometesse a não persecução penal (sic) desses doleiros que participavam da mesada, entre eles o Wu”, relatou Tacla Duran, na audiência realizada por videoconferência com juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba. “Ele passou a ajudar a pagar esse valor todo mês, por muito tempo”.
Carlos Fernando dos Santos Lima atuou, por quatro, anos na força-tarefa do Ministério Público Federal que protagonizou a Operação Lava Jato. Ele seria um dos principais estrategistas do grupo, apesar de Deltan Dallagnol, hoje deputado, ter conseguido maior visibilidade.
Tacla Duran enviou à 13ª Vara para a Superintendência da Polícia Federal do Paraná dados sobre movimentações bancárias que indicariam recebimento de propina. O advogado prestou depoimento na condição de testemunha indicada pelo ex-vice-presidente do Equador Jorge Glas, que responde a processo por denúncia feita por Dallagnol.
O advogado, acusado de coordenar operações financeiras da Odebrecht em esquema de corrupção, na época, teve a prisão decretada e incluído na lista de foragidos da Interpol pelo ex-juiz Sergio Moro.
(*) Com informações do Terra e UOL
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