(Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
Manaus (AM) – O deputado federal Capitão Alberto Neto (PL) usou as redes sociais para criticar um projeto de lei apresentado pelo vereador de Manaus e presidente da Comissão de Agricultura e Política Rural, Rodinei Ramos (Avante). A proposta altera a Lei nº 3.379/2024, que regulamenta o serviço de mototáxi em Manaus, e tem como foco principal estabelecer penalidades para condutores não credenciados e empresas que prestam serviços de apoio aos mototaxistas, como plataformas digitais.
Em uma publicação, Alberto declarou apoio aos trabalhadores de aplicativos e afirmou que o projeto poderia prejudicar milhares de profissionais da categoria. Segundo ele, a proposta criaria uma burocracia que exigiria que empresas como Uber e 99 abrissem escritórios físicos em Manaus — algo que, na visão dele, poderia levar essas plataformas a deixarem a cidade.
“Está tramitando na Câmara Municipal de Manaus um projeto de lei que pode expulsar a Uber da cidade. Imagina o prejuízo. Só de moto-uber são mais de 60 mil pessoas, pais de família trabalhando. O projeto inclui uma burocracia que obriga a empresa a ter escritório na cidade, o que pode prejudicar os trabalhadores de aplicativos. A mobilidade urbana vai ser afetada. Você sabe que o transporte público é muito ruim. Vamos lutar contra esse projeto danoso”, afirmou.
No entanto, a publicação teve forte repercussão negativa. Internautas acusaram o deputado de distorcer o conteúdo do projeto. O próprio autor da proposta, Rodinei Ramos, já havia esclarecido em coletiva de imprensa que o objetivo da medida não é prejudicar os trabalhadores de aplicativos, tampouco expulsar as plataformas da cidade, mas sim garantir regulamentação e segurança jurídica ao serviço.
Usuários das redes sociais reagiram com críticas contundentes ao Capitão Alberto Neto. “Desespero de sempre distorcer as coisas pra tentar ganhar voto”, escreveu um internauta.
Outro comentou: “Só agora quer posar de defensor dos trabalhadores?”. Outro respondeu: “Ele pensa que a batata dele não está assando”.
Também houve quem apontasse oportunismo eleitoral: “Porque está perto da eleição, ele quer dar uma de bonzinho.”
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