Manaus, 3 de julho de 2025
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Cenário

Alberto Neto evita falar sobre reaproximação com Menezes em caso de segundo turno

Candidato foi questionado sobre possível aliança no segundo turno com o grupo de Cidade e Menezes, que também tem certa “proximidade” com Jair Bolsonaro.

Alberto Neto evita falar sobre reaproximação com Menezes em caso de segundo turno

(Foto: Divulgação/Assessoria)

Manaus (AM) – O candidato a prefeito de Manaus, Alberto Neto (PL), se esquivou quando indagado sobre um possível alinhamento com o ex-PL, Coronel Menezes (Progressistas), em um possível segundo turno em Manaus. Hoje, vice de Roberto Cidade (União Brasil), Menezes, além de ser compadre do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), integrou a sigla e foi expulso do partido pelo presidente estadual Alfredo Nascimento.

Alberto foi sabatinado por uma rádio de Manaus nesta quinta-feira (12) em uma série de entrevistas com candidatos que disputam o comando da prefeitura, para apresentar suas propostas para a capital amazonense.

“O segundo turno é uma outra eleição. Eu não vou conseguir te responder isso agora. Nós estamos caminhando para vencer essa eleição, estamos caminhando para isso. E aí nós estamos acordando cedo e dormindo tarde, mostrando para a população que nós temos o melhor projeto para a cidade. A população não quer ver alinhamento político, ela quer ver liderança, força, coragem para enfrentar os problemas que estão aí… . Eu acho que essa história de conchavos políticos, a população não está nem aí. Essa é a nova política”, disse o candidato.

Ao mesmo tempo em que destacou que os alinhamentos políticos não têm “importância”, o candidato a prefeito faz questão de promover a figura de Jair Bolsonaro (PL) no centro da sua campanha, como tem feito ao longo da disputa. Durante toda a entrevista, ele citou a gestão do ex-presidente, seu principal apoiador político nas eleições municipais.

Alberto também foi indagado sobre o rompimento com o governador Wilson Lima (União Brasil) e com o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) Roberto Cidade (União). Segundo ele, a aproximação em 2022 tinha objetivo de ajudar a promover Bolsonaro e derrotar Lula (PT) nas eleições presidenciais. Além disso, conforme o candidato, o apoio não representava a formação de grupo político.

“Primeiro, deixar claro que eu faço parte do grupo do presidente Bolsonaro. Esse é meu grupo político. Agora, a gente, para disputar uma eleição a nível nacional, nós fazemos alianças e a aliança que estava mais alinhada em 2022 era o governador Wilson Lima. Do outro lado, estava o Eduardo Braga, apoiado pelo Lula; então o PT está de um lado, eu estou de outro, isso ficou muito claro. Então, nós fizemos uma aliança para derrotar o governo Lula, infelizmente não deu certo por diversos fatores, mas nós fizemos nossa parte. Agora, não faço parte do grupo do Wilson Lima”, acrescentou Alberto.

Vice-líder do governo

O candidato do PL teve que responder sobre representar um grupo político com “histórico de erros” contra a cidade de Manaus. A abordagem se dá, principalmente, por Alberto ser candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro em Manaus. Na ocasião, foram citadas a crise de oxigênio em Manaus durante a pandemia de Covid-19 e os decretos do governo Bolsonaro que afetaram o polo de concentrados da Zona Franca de Manaus (ZFM).

Como resposta, o candidato apontou a aprovação da reforma tributária já no governo Lula e argumentou que foi um dos primeiros a alertar sobre os prejuízos à ZFM, além de dizer que fez tudo o que “pôde” como vice-líder do governo para transportar oxigênio para a cidade de Manaus em uma ação que, por questões técnicas, colocou em “risco” a vida dos pilotos da Força Aérea.

Dessa maneira, o candidato aproveitou para engatar outros temas de âmbito federal, como tem feito durante a campanha eleitoral, para promover a imagem de Bolsonaro.

Segundo Alberto, o licenciamento que o governo Bolsonaro conseguiu no fim da gestão e que caiu no atual governo “evidência” o isolamento da região, principalmente em crises como a da pandemia e estiagem, por “culpa” de 13 anos de governos petistas.

 

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