Foto: Reprodução
Manaus, AM – Os vereadores Rodrigo Guedes (PSC) e William Alemão (CD) trocaram farpas nas redes sociais, nessa quinta-feira (23), sobre a falta de apoio ou não a um projeto de lei do vereador Alemão para redução da verba de gabinete e do número de assessores aos parlamentares. Enquanto William Alemão apontou que não recebeu apoio, Guedes rebateu e afirmou que não soube de nenhum projeto neste sentido.
O debate entre os parlamentares ocorreu por meio de comentários de uma publicação um tanto quanto debochada do vereador William Alemão. Ele postou um vídeo em que se posiciona em relação aos últimos acontecimentos envolvendo seu nome, como por exemplo, o aumento da Cota para Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap), o Cotão, de R$ 18 mil para R$ 33 mil e um desentendimento entre ele e o vereador Amom Mandel (sem partido).
No vídeo, Alemão critica o trabalho da imprensa; defende o uso do Cotão; relembra o episódio em que ele fez uma dancinha dentro do seu gabinete e ainda soltou flatulências; e sugere até que vai parar de usar as redes sociais por um tempo.
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O vereador cita, ainda, o desentendimento entre ele e o vereador Amom, durante entrevista a uma rádio local, na qual o parlamentar critica o Cotão, além de citar possível corrupção no uso da verba, e em seguida, Alemão, que votou a favor do aumento do Cotão, rebate se defendendo. Por sua vez, Amom questiona ao vereador ‘se a carapuça serviu’. Sobre isso, Alemão afirma que não tem nada contra Amom Mandel.
“Na verdade, estão dizendo que teve conflito entre eu e o Amom. Eu não tenho absolutamente nada contra o Amom, inclusive, a gente já defendeu pautas juntos, e discordamos de outras, isso é normal, esse é o Parlamento. E aí, eu discordei e vou continuar discordando: se você trabalha numa empresa e alguém fala que todos daquela empresa são corruptos, você não vai gostar. Eu não sou corrupto, nenhuma carapuça me serve”, disse.
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Alemão também se posiciona sobre o aumento na quantidade de assessores e a verba de gabinete aprovados na CMM, na última semana. Segundo o vereador, ele já tentou apresentar um Projeto de Lei para diminuir a regalia, mas descobriu que somente a Mesa Diretora pode tomar esta providência. Ele também citou que não recebeu apoio para o projeto.
“Mas vamos aos fatos… em março cheguei a apresentar o PL pra redução tanto dos assessores quanto da verba de gabinete e, além de não receber apoio, descobri que somente a mesa diretora pode propor essa redução e infelizmente eu não faço parte dela”, escreveu.
Nos comentários da publicação desse vídeo, o vereador Rodrigo Guedes rebateu a fala sobre falta de apoio ao projeto. Segundo o parlamentar, ele nunca soube que havia um projeto para reduzir a quantidade de assessores ou a verba de gabinete.
“Vereador, em que momento que você apresentou o projeto para redução dos assessores e da verba de gabinete, pois não vi esse projeto ser deliberado ou sequer tramitando lá?! Peço que reveja quando diz que não teve apoio porque eu, por exemplo, nunca soube de nenhum projeto assim tramitando na Câmara e quando diz que não teve apoio, está sugerindo que eu, por exemplo, não havia apoiado”, disse Guedes.
Alemão respondeu o comentário dizendo que chegou a comentar com ele sobre o projeto num momento em que Guedes foi até a casa de Alemão pedir apoio a um outro projeto. Pelas palavras, Alemão pareceu incomodado com o questionamento de Guedes publicamente nas redes sociais.
“Opa, excelência!! Quando o Sr veio a minha casa pedindo apoio pro seu projeto pra que não houvesse o aumento de 10% dos vereadores, eu comentei com vc sim, e vc disse que apoiaria. Mas como posteriormente descobri que eu não poderia apresentar tal propositura, somente a mesa, parei. Para forçar a mesa eu teria que ter a maioria dos votos… eu realmente não estou entendendo a sua preocupação e o Sr bem sabe como funciona a CMM. No mais, tens o número de telefone, pois aqui não creio ser o local para tratarmos Leis ou proposituras, se fosse, muitos blogueiros já teriam reescrito a constituição”, disse.
E, por fim, o vereador Rodrigo Guedes rebateu apontando que a proposta, portanto, teve apoio sim, ao contrário do que foi dito no vídeo por Alemão.
“Então teve apoio, nem que fosse só o meu em uma conversa. Acho então, com todo respeito, que o termo certo não é falta de apoio mas que alguém que lhe informou, informalmente, que nao poderia apresentar por uma suposta inconstitucionalidade. Falta de apoio trata-se de quando não querem apoiar a causa. Fiz a observação pois como está redigido sugere-se que a proposta foi politicamente rechaçada, ou seja, no voto. À disposição!”, finalizou.
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