Cheia em Boca do Acre. Foto: Reprodução/Facebook
Cerca de quatro dias após ter decretado ‘Situação de Emergência’ em Boca do Acre, por conta da cheia dos rios Purus e Acre, o prefeito Zeca Cruz decretou estado de ‘Calamidade Pública’ no município, uma vez que a enchente fica pior a cada dia. Em Eirunepé, o cenário não é diferente. Nesta quarta-feira (24), o prefeito Raylan Barroso decretou ‘Situação de Emergência’ na cidade.
Boca do Acre, que possui cerca de 34.635 mil habitantes, foi o primeiro município do Amazonas a sofrer com a subida da água, no início de fevereiro. Até agora, já são mais de 2.118 famílias afetadas pelos estragos na área urbana e mais 600 famílias em 36 localidades da zona rural. E esses números podem aumentar com o passar dos dias.
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Lá, a cota de alerta para a subida da água dos rios, de 18,50 metros, foi ultrapassada no último dia 12. E ontem, o município superou a cota de transbordamento total, que é 20 metros. Os dados mais recentes apontam que a água, em Boca do Acre, atingiu o nível de 20,8 metros.
Estragos
As chuvas e o transbordamento também estão prejudicando os órgãos públicos do município, que poderiam ajudar com assistência às pessoas prejudicadas. Em relação ao Serviço de Abastecimento de Água de Boca do Acre (SASBA), a subida do rio chegou ao limite e é necessário o desligamento das bombas de água. Ou seja, o município inteiro poderá ficar sem fornecimento de água potável.
Além disso, o sistema de saúde do município encontra-se em colapso. Das nove unidades de saúde, oito estão afetadas direta ou indiretamente. As aulas que aconteciam de forma remota, desde o início do mês, já foram suspensas nas escolas da zona urbana e da zona rural.
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No início desta semana, o prefeito Zeca Cruz suspendeu a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na cidade, que aconteceria nos dias 23 e 24 deste mês. De acordo com o decreto, a “suspensão é por tempo indeterminado, a depender de novo decreto, após o restabelecimento das condições normais na cidade”.
Eirunepé
O rio Juruá é outro que vem subindo a cada dia no interior do Amazonas. Com o nível da água atingindo a cota de 16,46 metros, no último dia 22, o prefeito Raylan Barroso decretou ‘Situação de Emergência’ na cidade, também por conta da cheia. A previsão é que, nos próximos dias, o rio Juruá, em estado de alerta desde o início do mês, atinja 17,30 metros.
De acordo com o decreto, o município vem registrando transbordamento do rio na zona urbana e rural desde o dia 7 de fevereiro. Os locais afetados, até então, são os bairros de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Santo Antônio, São José e Aparecida. Na área rural: Alto Juruá, Baixo Juruá, rio Gregório, rio Eiru e rio Tarauacá.
Estima-se que em Eirunepé, cerca de 3.229 imóveis na área urbana serão atingidos pela inundação, com 9.687 pessoas afetadas e, na área rural, 832 famílias.
“As fortes chuvas dos últimos dias vêm se aproximando de seus níveis máximos, que, se ultrapassados, provocarão inundação em várias ruas e casas do perímetro urbano e rural do município, colocando a população em risco”, diz trecho do documento.
Outros municípios
Ontem, o Portal AM1 mostrou que os municípios de Ipixuna, Rio Preto da Eva e Guajará também decretaram ‘Estado de Emergência’ por conta de alagamentos. Canutama, Pauini e Envira estão em ‘Estado de Alerta’, pois estão próximos de alcançar a cota máxima.
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