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Manchete

Defesa Civil de Benjamin Constant aponta risco de desabamento em prédio da Ufam

Defesa Civil de Benjamin Constant aponta risco de desabamento em prédio da Ufam

De acordo com o órgão, a estrutura do banheiro está comprometida e cedendo. As colunas apresentam rachaduras e há risco de desabamento. (Foto: Defesa Civil de Benjamin Constant)

A Defesa Civil do município de Benjamin Constant identificou risco de desabamento em prédio administrativo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), onde o órgão realiza, desde a última quarta-feira (31/05), uma vistoria técnica para avaliar as condições estruturais do Instituto Natureza e Cultura (INC). A avaliação encerrou ontem (5). Segundo o coordenador do órgão, Walderclei de Freitas, o bloco 2 da unidade está bastante comprometido e corre o risco de desabar.

“O pedido de realização da vistoria partiu da direção da unidade. A estrutura está muito comprometida, pois o banheiro está cedendo e as colunas estão com rachaduras. O risco de desabamento é notório”, afirmou o coordenador da defesa civil do município. O INC passou por reformas há quase três anos e desde sua inauguração, em 2006, já consumiu mais de R$ 15 milhões.

A previsão é de que o laudo da vistoria técnica fotográfica, realizada em parceria com um engenheiro civil, seja encaminhado ainda nesta semana, mas o coordenador adianta que pelas condições estruturais observadas foi necessário interditar todo o bloco. O documento, de acordo com Freitas, será encaminhado à direção da unidade.

Freitas afirma ainda que a evolução das rachaduras foi o que mais chamou a atenção da equipe e da direção da unidade. “Quando chegamos ao local, o diretor e o coordenador do instituto acharam estranho como evoluiu de um dia para o outro. A partir do momento que uma estrutura tem fissuras é porque o dano está ocorrendo há muito tempo”, ressaltou.

Apesar da direção do instituto ter solicitado vistoria apenas no bloco 2, o coordenador da Defesa Civil relatou que alunos informaram existir danos semelhantes em outros blocos do INC, que continua funcionando normalmente.

De acordo com o coordenador administrativo do INC, José Maricaua, o prédio administrativo, de dois pavimentos, foi desocupado na última sexta-feira (2) e os serviços e setores que funcionavam no local, como a secretaria da unidade acadêmica e as coordenações, foram remanejadas e distribuídas entre os outros três prédios do Instituto.

“A medida que nós tomamos foi paliativa: fizemos o escoramento do prédio todo para evitar qualquer outro dano. O local foi evacuado, adotamos os procedimentos de prevenção e tomamos as medidas necessárias com relação à infraestrutura”, disse Maricaua, ao informar que o problema foi identificado há três meses e se agravou na última semana.

Segundo ele, a situação não oferece riscos à comunidade acadêmica do INC. O coordenador administrativo também informou que o Instituto aguarda a finalização do processo licitatório para reforma predial. Portanto, não há previsão para solução definitiva do problema.

Custos

Os gastos com infraestrutura na fase de implantação do INC, de 2005 a 2007, custaram aproximadamente R$ 6 milhões, valores que foram incluídos nos orçamentos de 2006 e 2007, conforme dados do Relatório Executivo do Programa de Expansão das Universidades Federais, divulgado pelo Ministério da Educação.

Em seu Relatório de Atividades de 2007, a Ufam destaca as obras naquela unidade acadêmica como uma das “mais relevantes” para o programa multicampi. Um projeto de construção focado “na construção simples, compacta, de boa qualidade e de manutenção praticamente zero, visando as dificuldades de material e transporte de barco para locais tão distantes”, diz trecho do documento.

O INC completou dez anos no final de 2016. E dois anos antes passou por processo de ampliação, consumindo outros R$ 10 milhões para reforma de prédio antigo e construção de três novos blocos, conforme notícia publicada na página institucional da universidade.

Fonte: ADUA