A permanência da família Pinheiro no comando do município de Coari há 18 anos foi alvo de manifestação da população na noite da última sexta-feira, 19, na frente do Fórum de Justiça Desembargador Cândido Honório Soares Ferreira.
Os manifestantes reclamam o fato do Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) ter entrado com pedido de afastamento da administração do atual prefeito Adail Pinheiro Filho por cinco vezes e já ter sido negado três dos cinco pedidos. Pelo menos, 100 a 120 pessoas se concentraram no local para reclamar de forma pública contra a família.
Algumas das frases contidas nos cartazes no manifesto eram: ‘A família Pinheiro continua mandando e desmandando em Coari e a Justiça não tá nem ai’; ‘Coari está abandonada’; ‘Coari pede socorro’; ‘Prefeito corrupto’; ‘Adail, Rei da pedofilia’. Em umas faixas, estava escrito: ‘Sr. Juiz porque não afasta o prefeito? 1,2,3,4,5 pedidos do Ministério Público e nada?’.
De acordo com o vereador Ewerton Medeiros (DEM) a manifestação, além de chamar a atenção para o fato do atual prefeito não ser afastado pelo juiz Fábio Alfaia, teve o objetivo de pedir socorro já que a cidade está abandonada, segundo o parlamentar.
“A cidade só está maquiada, por exemplo, na saúde temos três consultórios no Hospital, mas só um médico atende na emergência, medicamentos que são prioridades e básicos faltam com frequência e as ruas estão asfaltadas só pela metade”, denunciou.
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O vereador disse ainda, que há duas semanas um ônibus escolar quase virou por trafegar em uma estrada coberta de lama, sem nenhuma estrutura para a passagem diária de alunos, agricultores e população em geral.
“A população é quem sofre, as pessoas têm medo de se manifestar por conta da perseguição. Se o grupo do prefeito ver algum parente de pessoas contratadas pelo governo em manifestação a exoneração é imediata”, contou Ewerton.
Alvo da Justiça
Somente neste ano, Adail Filho foi alvo de três processos, que pedem o seu afastamento, o primeiro ocorreu no dia 25 de fevereiro, o segundo no dia 28 de março e o último dia 12 deste mês.
No último pedido, que é uma Ação Civil por Ato de Improbidade Administrativa, o MP-AM afirma que o prefeito está fazendo pagamentos a fornecedores sem ordem cronológica, exigência legal para compras pela Administração Pública brasileira.
O Amazonas1 tentou contato com a Prefeitura de Coari, mas não obteve sucesso.
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