Manaus, 27 de abril de 2024
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Cidades

Governo do AM avalia flexibilização de isolamento, mas espera aumento de casos

Enquanto vários estados já afrouxam restrições, o governo do AM diz apenas avaliar necessidade de mudança, seja para ampliar a restrição ou reduzi-la

Governo do AM avalia flexibilização de isolamento, mas espera aumento de casos

Movimentação na praia de Ponta Negra em Manaus. (Foto: Sandro Pereira/Folhapress)

Nove estados e o Distrito Federal começaram a flexibilizar o isolamento social nesta semana. Mesmo com os números de casos de Covid-19 em contante crescimento no Brasil, preocupados principalmente com a retomada da economia, muitos governadores já afrouxam medidas.
No Amazonas, onde o sistema de saúde já entrou em colapso com a alta demanda de pacientes, o Governo disse apenas que tem avaliado constantemente qualquer necessidade de mudança, seja para ampliar a restrição ou mesmo reduzi-la.
No entanto, destacou por meio da Secretária de Estado de Saúde (Susam), que o estado segue registrando uma curva crescente de casos de Covid-19, devido, principalmente, a não adesão das recomendações de isolamento social por parte da população.

Pico da Epidemia

Nesta quinta-feira, 23, o governador Wilson Lima disse que, apesar do alto número de casos, que já são 2.479, o pico da epidemia do novo coronavírus no estado deve ocorrer na primeira quinzena de maio.
“O quadro aqui é muito delicado. O que tem acontecido e o que está por vir nos próximos dias nos acende um sinal de alerta muito forte. Daí [vem] a necessidade de termos ajuda federal e da iniciativa privada, todas as ajudas”, disse Wilson Lima.
O governador que prorrogou até o dia 30 de abril uma série de medidas restritivas defendeu o isolamento social como a amaneira mais efetiva para combater o vírus.
“Não tem outro caminho que não seja o isolamento social para que se possa quebrar a transmissão do vírus. Não tem vacina ou outro tratamento com eficiência comprovada”, disse. “A gente está se preparando para esse momento e ainda tem um tempo em relação ao interior de 10 a 15 dias”, afirmou.

Estados

Um dos estados a flexibilizar as medidas foi Santa Catarina, onde academias e restaurantes voltaram a funcionar nessa quarta-feira, 22, com restrições. Todas as pessoas devem usar máscara e passar álcool em gel na entrada dos estabelecimentos.
Além disso, o número de pessoas nas lojas não pode superar a metade da capacidade. Os clientes não podem provar roupas e produtos e precisam manter distância de um metro e meio um dos outros. Já as aulas continuam suspensas e ônibus também não podem circular.
Em Tocantins, o comércio pode abrir desde a semana passada. O governo declarou que o estado foi o primeiro do norte do Brasil a implantar medidas de combate ao coronavírus. Mas na capital Palmas, um decreto municipal só permite a abertura dos serviços essenciais.

O governo de Mato Grosso do Sul deixou a critério dos municípios. Em Campo Grande, a prefeitura flexibilizou a abertura de vários setores. Cada comerciante precisa apresentar um plano com medidas pra evitar a contaminação.

Em Mato Grosso, a Justiça definiu que os municípios têm autonomia pra decidir. A prefeitura de Cuiabá vai liberar a reabertura parcial do comércio e de igrejas a partir do dia 27 desse mês.

Leia também: Número de mortes por Covid-19 no Brasil ultrapassa 2.900 

Na Paraíba, começou a valer, nesta semana, um decreto que recomenda que os estabelecimentos só permitam a entrada de clientes utilizando máscaras.

O governo do Espírito Santo liberou o funcionamento do comércio nos municípios considerados com baixo risco de contaminação. Os funcionários precisam usar máscaras e a entrada dos clientes será limitada a um, por dez metros quadrados.

Em Sergipe, um decreto estadual também flexibilizou a abertura de parte do comércio.

Em Goiás, as máscaras passaram a ser obrigatórias para quem sai de casa. O governo permitiu a retomada da construção civil, salões de beleza, oficinas e celebrações religiosas.

O Distrito Federal publicou um decreto que permite o funcionamento de empresas de advocacia, contabilidade, engenharia e arquitetura, além de imobiliárias.

O governo de Minas criou um plano para orientar a retomada da atividade econômica no estado. Cada uma das 853 cidades de Minas vai receber um protocolo sanitário, apontando as prioridades, ou seja, quais setores devem voltar antes ou depois de acordo com o grau de risco que representam.