O procurador-geral de Justiça, Fábio Monteiro, não descartou a possibilidade de novas prisões nos desdobramentos da Operação Concreto Armado, que resultou na prisão temporária da ex-secretária de Estado de Infraestrutura, Waldívia Ferreira Alencar, nesta quarta-feira, 18.
A Operação Concreto Armado, deflagrada pelo Ministério Público do Estado, investiga cinco pessoas e nove empresas.
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Segundo o MP, estão sendo investigadas, além da ex-secretária, o filho dela, Michel Ferreira de Alencar, a filha Vanessa Alencar da Silva, o marido José Maria de Figueiredo e o genro, Rafael Clementino Pinto da Silva.
As empresas investigadas são: W F Alencar Engenharia, Apogeu Gestão de Propriedade Imobiliária, Apogeu Incorporação de Empreendimentos Imobiliários, Alencar e Silva Advogados, A. A. Monteiro Eireli-ME, Manchester Distribuidora de Bebidas, Manchester Supermercado, Manchester Supermercado e Distribuidora de Bebidas e Resil Reparos e Serviços em Instalações Elétricas.
Questionado sobre a possibilidade de novas prisões, Monteiro afirmou que os desdobramentos é que vão dizer. “Como podem funcionários públicos, que ocupam cargos de gestão, portanto ordenadores de despesa, estarem com um patrimônio elevadíssimo? O caminho é esse. Ordenei uma atenção muito grande para esse tipo de atividade e, no cruzamento de dados, a possibilidade existe”, afirmou.
Participação de governadores
Questionado sobre o envolvimento de ex-governadores nos crimes investigados pelo Ministério Público, o procurador disse não haver nenhum indício, por ora. “Se existisse indícios, ainda que mínimos, que levassem aos dois ex-governadores que têm mandato de senador, nem poderíamos estar investigando, por questão de competência. Seria remetido ao MPF (Ministério Público Federal). O que tem de concreto é que ela (Waldívia), enquanto ordenadora, teve um elevado aumento patrimonial”, explicou Fábio Monteiro.
Waldívia foi secretária de Infraestrutura entre 2009 e 2016, nas gestões dos ex-governadores Eduardo Braga (MDB), Omar Aziz (PSD) e José Melo (PROS).
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