As consequências das operações promovidas pela Polícia Militar do Estado do Amazonas na região do Rio Abacaxis, na divisa dos municípios de Nova Olinda do Norte e Borba, serão investigadas pela Ministério Público Federal (MPF). A abertura do Inquérito Civil foi publicada na edição desta segunda-feira (17) no Diário Oficial do MP pelo promotor federal Fernando Soave.
No documento, o MPF afirma que há possíveis “abusos e ilegalidades” contra povos indígenas e comunidades tradicionais da região, em decorrência das operações deflagradas pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas. Ainda de acordo com o documento, o órgão pede apoio e informações da Polícia Federal sobre as diligiências na região.
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“Notadamente a condução coercitiva de moradores do Rio Abacaxis, a proibição de tráfego no rio, o desligamento ilegal das antenas de comunicação rurais, a apreensão de aparelhos celulares e documentos, bem como a prática de tortura contra a liderança da Associação Nova Esperança do Rio Abacaxis”, são algumas das denúncias apresentadas ao MPF que levaram à abertura da investigação.
Outra denúncia levada ao MPF é a “possível execução por agentes da Polícia Militar de indígena Munduruku dentro da TI Coatá Laranjal, em Borba, e o desaparecimento de seu irmão, também indígena Munduruku.”
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