A Polícia Federal (PF) investiga um grupo criminoso que atua com o apoio de traficantes de drogas e de agentes públicos, no Amazonas, para grilar, lotear e validar a ocupação de terras federais ou áreas de preservação ambiental, na capital e no interior do Estado.
O processo sigiloso de investigação iniciou em 2017, mas ganhou força em outubro, do ano passado, quando a superintendência da PF recebeu um dossiê com fotos, documentos e, inclusive, gravações de áudios sobre modus operandi da organização.
Na PF, não se comenta o assunto por receio de comprometimento do caso. A reportagem obteve informações de que o esquema existe há pelo menos nove anos e foi responsável pela formação de dezenas de invasões em Manaus e na Região Metropolitana.
Segundo técnicos, o esquema funciona com o mapeamento e invasão das terras, além da obtenção do aval de agentes do Poder Público. Após essa anuência, ocorre o loteamento e comercialização da área e posterior agrupamento de milícias para “proteger” o local invadido.
Há comprovação de que ocorra a participação de indígenas no grupo para garantir o apoio de órgãos ambientais e, consequentemente, a autorização direta dos governos. Os índios quase sempre seguem a orientação e/ou intimidação dos traficantes.
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