Manaus, 26 de abril de 2024
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Manaus, 26 de abril de 2024

Cidades

Prefeito Bi Garcia ainda não respondeu ao MP sobre cachê de Anitta

O cachê cobrado pela cantora foi 150% a mais do que "normal" pago em outras cidades brasileiras. MP segue investigando possíveis irregularidades

Prefeito Bi Garcia ainda não respondeu ao MP sobre cachê de Anitta

Valor gasto com show de Anitta foi de R$ 500 mil (Reprodução)

O procedimento instaurado pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) que investiga a contratação da cantora Anitta por R$ 500 mil, para a Festa dos Visitantes, evento que antecede o Festival Folclórico de Parintins, ainda aguarda a resposta da prefeitura do município. O evento recebeu crítica nacional pelo gasto exorbitante com a atração após denúncia feita pelo Amazonas1.

De acordo com o Ministério Público, a prefeitura tem 15 dias úteis, a contar do recebimento da notificação, para enviar as informações sobre os contratos da festa. O executivo municipal recebeu a solicitação no dia 5 de julho e o prazo se encerra somente no próximo dia 30. A promotoria ainda espera pelos dados da prefeitura para tomar os procedimentos cabíveis.

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No levantamento realizado pelo Amazonas1, foi constatado que o cachê da cantora ficou 150% mais caro comparado a outras cidades brasileiras. A justificativa apresentada pelo prefeito, Bi Garcia, era a logística da região.

Entretanto, o fato foi contestado por empresários de eventos que explicaram que a distância e logística aumentam os valores dos shows na região Norte, com variação de até 30% de sobrepreço. A média cobrada por Anitta é de R$ 200 mil.

MP não interviu na realização da festa

Mesmo com a repercussão negativa do contrato, o Ministério Público não interviu no evento e justificou o aval para o pagamento de meio-milhão como ‘importante’ para Festa dos Visitantes, por ter um artista de renome internacional em Parintins.

No dia do evento, o órgão limitou-se apenas a pedir que a prefeitura não cobrasse da população um quilo de alimento em troca da pulseira que dava acesso à festa, já que era bancado com verba pública.

As investigações são coordenadas pela promotora Lilian Nara Pinheiro de Almeida, titular da 2ª PJ de Parintins.

Contratação de local suspeita

No mesmo procedimento, o MP também apura a legalidade na contratação do local e da infraestrutura usada para realização da festa. Isso porque o mesmo local da realização do evento atual, foi cedido à Prefeitura para festa de 2018, e, em contrapartida à cessão, foram realizadas obras de infraestrutura no terreno, que é de propriedade particular.