Manaus, 25 de abril de 2024
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Manaus, 25 de abril de 2024

Cidades

Professores de 39 municípios aderem à greve da educação no Amazonas

Nova rodada de negociação com o governo acontece nesta terça-feira, professores pedem 15% de reajuste

Professores de 39 municípios aderem à greve da educação no Amazonas

Trabalhadores da educação de mais de 60% dos municípios do Amazonas paralisaram parcial ou totalmente suas atividades. De ontem para hoje, Maraã, Anamã e Ipixuna entraram na lista das cidades que aderiram a greve. 

Manifestação realizada na Ponte Rio Negro (Divulgação)

Na última segunda-feira,23, representantes de Tabatinga, Iranduba, Parintins e Boca do Acre participaram da manifestação na entrada da Ponte Rio Negro. Até o momento, as cidades de: Nhamundá; Boa Vista do Ramos; Eirunepé; Manicoré; Fonte Boa; Manacapuru; Tefé; Nova Olinda do Norte; Maués; Coari; Humaitá; São Paulo de Olivença; Itapiranga; Itacoatiara; São Gabriel da Cachoeira; Codajás; Juruá; Benjamin Constant; Boca do Acre; Parintins; Tabatinga; Barreirinha; Santa Isabel do Rio Negro; Urucurituba; Anamã; Urucará; Novo Aripuanã; Alvarães; Carauari; Autazes; Guajará; Tonantins; Itamaraty; Rio Preto da Eva; Iranduba; Atalaia do Norte; Maraã; Ipixuna e Manaus.

Além do reajuste no salário, as principais reivindicações dos trabalhadores do interior são referentes ao Plano de Saúde e Auxílio-localidade.

 

Leia também: Professores fecham Ponte Rio Negro em protesto contra governo

Embora o plano de saúde seja para atender os trabalhadores de todo o estado, a Hapvida não tem unidades de atendimento no interior. Para ter acesso aos tratamentos de saúde pelo plano, os servidores precisam viajar até Manaus. “Uma das cláusulas do contrato da Hapvida com o governo impõe que a empresa de saúde construa pólos de atendimento, mas até hoje isso não saiu do papel. É uma das nossas cobranças”, afirmou Ana Cristina.

Sobre o auxílio-localidade, Ana diz que ele é fixado em R$ 30 há trinta anos e não leva em conta a especificidade do Amazonas. “Há comunidades com distâncias enormes. R$ 30 o trabalhador gasta num dia. Alguns até precisam morar nas escolas para não ter que se deslocar e gastar parte do seu salário”, disse.

Reunião com o governo

Após manifestações na Ponte Rio Negro e na frente da sede do Governo, na última segunda-feira(22), o secretário de Educação, Luiz Castro, recebeu o comando de greve e marcou uma reunião para tarde de hoje(23), às 16h.

Devem comparecer representes da Asprom Sindical, Sinteam e o vice-governador, Carlos Almeida. Os professores exigiam uma reunião com o governador Wilson Lima, no entanto ele está viajando.

O Estado alega que “a Lei de Responsabilidade Fiscal limita a reposição da data-base ao índice de inflação acumulado nos últimos 12 meses” e por isso, não é possível ofertar percentuais maiores de reajuste. A categoria pede 15%, no entanto, a contra-proposta do governo é de apenas 3,93%.

(*) Com informações da Assessoria