MANAUS – Onze anos após a polêmica fala “então morra”, dita a uma moradora paraense, em Manaus, Amazonino Mendes (Cidadania) voltou a se referir de forma controversa a pessoas que não nasceram no Amazonas. Dessa vez, a frase foi dita durante discurso de lançamento da sua pré-candidatura ao governo do estado, na manhã deste sábado (7). De acordo com o Instituto brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 215 mil paraenses vivem no Amazonas.
“Graças a Deus ele não é amazonense. Nada contra nossos conterrâneos que vêm aqui ajudar a desenvolver o nosso estado, mas nós não queremos aproveitadores”, afirmou. Apesar de não citar nomes durante o pronunciamento, Amazonino fez diversas referências ao governador do estado, Wilson Lima (União Brasil), que nasceu em Santarém, no Pará.
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Entenda a polêmica
Em fevereiro de 2011, durante visita a uma área de risco na comunidade Santa Marta, na norte da cidade, Amazonino, então prefeito de Manaus, discutiu com uma moradora que estava no local onde uma mulher e duas crianças morreram soterradas sob um barranco que desabou.
Amazonino concedia uma entrevista à uma emissora local e dizia que as pessoas tinham que ajudar a prefeitura, não construindo casas “onde não devem”. A moradora se irritou e disse que todos só moravam ali porque não tinham condições de construir “uma moradia digna” em outros lugares. Irritado, o então prefeito respondeu prontamente: “Minha filha, então morra, morra”.
A moradora rebateu afirmando que, se fosse daquela forma, todos os moradores teriam que morrer. O prefeito se voltou para mulher questionando sua origem. Ao responder que ela vinha do Pará, o político concluiu: “Então pronto, está explicado.”
Veja o vídeo:
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