Manaus (AM) – O deputado federal Amom Mandel (Cidadania) criticou, neste domingo (3), o que chamou de “retórica vazia” referindo-se às promessas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação às ações em favor dos povos indígenas. Amom disse, ainda, que os povos indígenas não podem ser usados como moeda de troca política.
Em um artigo publicado no portal Poder360, intitulado “Governo Lula usa indígenas como massa de manobra“, o deputado disse que “do presidente ao vereador, os interesses políticos frequentemente se sobrepõem às preocupações reais das comunidades indígenas, como o tal ‘pragmatismo de Lula'”, diz um trecho do artigo.
Segundo Amom, o Governo de Lula não deu todas as condições para que a ministra Sônia Guajajara, do Ministério dos Povos Indígenas, operasse com máxima eficiência no combate aos conflitos fundiários, exploração de recursos naturais, na saúde e educação.
Gauajajara não é unanimidade
Amom ainda revelou que a ministra Gauajajara não é unanimidade entre os próprios indígenas. O deputado cita o caso do prefeito de São Gabriel da Cachoeira, a 852 quilômetros de Manaus. Conforme Amom, prefeito Clóvis Curubão, mesmo sendo do PT, sigla do presidente Lula, afirmou que Sônia não os representa. “Me mandou calar a boca”.
Por fim, o deputado apresentou dados do relatório “Violência Contra os Povos Indígenas do Brasil”, elaborado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), em que 149 crianças indígenas, de 0 a 5 anos, morreram em 2021 em Roraima, vítimas da fome e do abandono do Estado.
Para o deputado, embora o presidente tenha visto a situação dos povos Yanomami, a realidade das populações indígenas continua precária.
O Portal AM1 questionou o Ministério dos Povos Indígenas sobre a declaração do deputado amazonense, porém, a assessoria informou que a ministra não iria se pronunciar.
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