Brasília (DF) – A estadia do ex-ministro da Justiça Anderson Torres na prisão deve se prolongar, afirmam investigadores da Polícia Federal.
Torres, que também exerceu o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, forneceu à PF senhas de acesso inválidas para acessar dados em nuvem de seu celular, que ele afirma ter perdido nos Estados Unidos.
Ele é investigado por suspeita de omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro, acusação pela qual está preso desde o dia 14 daquele mês.
A estratégia irritou os investigadores, já que os advogados de Torres disseram que ele havia passado a colaborar com a apuração.
Agora, ele será questionado sobre as senhas inválidas que forneceu. A suspeita da PF é que o ex-ministro tenha fornecido senhas falsas ou irá alegar que acabou dando informações erradas.
Apesar do contratempo, a PF conseguiu acessar parte do material. Informações relevantes para elucidar o caso, no entanto, seguem bloqueadas.
Trocas de mensagens
A Polícia Federal busca acessar os dados do celular de Anderson Torres para verificar trocas de mensagens dele com autoridades do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e com integrantes do então comitê de reeleição de Bolsonaro.
A meta é tentar encontrar mensagens relacionadas à minuta do golpe encontrada na casa do ex-ministro, além de informações sobre ações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para tentar dificultar a ida de eleitores petistas às seções eleitorais no segundo turno das eleições de 2022.
Os advogados de Anderson Torres têm solicitado a sua saída da prisão, alegando que sua saúde está fragilizada e que ele passou a colaborar com as investigações.
(*) Com informações do g1
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